
O fato: A defesa do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) apresentou, nesta quinta-feira (7), sua resposta às acusações da Procuradoria-Geral da República (PGR), que o apontam como líder de um grupo que tentou dar um golpe de Estado após a derrota nas eleições de 2022. No documento, os advogados solicitaram a convocação de 13 testemunhas e pediram a anulação da delação do tenente-coronel Mauro Cid, peça central da investigação.
Testemunhas indicadas: A lista apresentada pela defesa inclui aliados do ex-presidente, como o governador de São Paulo, Tarcísio de Freitas (Republicanos), além de senadores e ex-ministros que ocuparam cargos estratégicos no governo Bolsonaro. Os nomes indicados, se aceitos pelo ministro Alexandre de Moraes, poderão ser chamados a depor caso a denúncia seja recebida pelo Supremo Tribunal Federal (STF).
Confira a relação completa:
•Amaury Feres Saad
•Coronel Wagner Oliveira da Silva
•Renato de Lima França
•General Eduardo Pazuello
•Senador Rogério Marinho
•General Hamilton Mourão
•Senador Ciro Nogueira
•Governador Tarcísio Gomes de Freitas
•Senador Gilson Machado
•General Marco Antônio Freire Gomes
•Brigadeiro Carlos de Almeida Batista Júnior
•General Júlio César de Arruda
•Jonathas Assunção Salvador Nery de Castro
Entre os indicados, destacam-se o ex-vice-presidente Hamilton Mourão (Republicanos), o ex-ministro do Desenvolvimento Regional Rogério Marinho (PL-RN) e o ex-ministro da Casa Civil Ciro Nogueira (PP). O general Eduardo Pazuello (PL-RJ), ex-ministro da Saúde, também integra a lista.
A defesa incluiu ainda o general Júlio César de Arruda, apontado na delação de Mauro Cid como parte de um grupo mais moderado no entorno de Bolsonaro, e o ex-ministro do Turismo Gilson Machado, ligado à ala mais radical do bolsonarismo.
Pedidos de anulação: Além das testemunhas, os advogados de Bolsonaro pediram a anulação da delação de Mauro Cid, alegando “cerceamento” da defesa. Segundo eles, o acesso às provas foi negado e houve um excesso de documentos disponibilizados de forma desordenada.
A defesa também solicitou a nulidade da investigação desde a quebra de sigilo de Cid pela Polícia Federal, em 2021. Outro pedido foi para que o julgamento ocorra no plenário do STF, e não na Primeira Turma, sob o argumento de que todos os ministros da Corte devem participar do caso por se tratar de um ex-presidente da República.







