
O fato: A ex-presidente Dilma Rousseff continuará à frente do Novo Banco de Desenvolvimento (NDB), conhecido como Banco dos Brics, após ser reconduzida ao cargo. A confirmação foi feita pela ministra-chefe da Secretaria de Relações Institucionais, Gleisi Hoffmann, que parabenizou Dilma em suas redes sociais.
Recondução e importância estratégica: Dilma havia sido indicada para a presidência do banco em 2023, com mandato previsto para se encerrar em julho de 2025. No entanto, com a recondução, ela permanecerá no comando da instituição por mais cinco anos. A indicação já havia sido sinalizada no final de 2024 pelo presidente da Rússia, Vladimir Putin, durante o encerramento da 16ª Cúpula dos Brics, realizada em Kazan, na Rússia.
Segundo as regras do banco, há um rodízio de indicações para a presidência entre os países-membros fundadores do Brics — Brasil, Rússia, Índia, China e África do Sul — para mandatos de cinco anos. Pelo critério de rodízio, a próxima indicação caberia à Rússia. No entanto, Putin decidiu manter a gestão brasileira para evitar que problemas relacionados à guerra com a Ucrânia comprometessem o funcionamento da instituição.
Trajetória no banco e apoio político: Dilma assumiu a chefia do NDB em março de 2023, sucedendo Marcos Troyjo, que havia sido indicado pelo governo de Jair Bolsonaro. A troca ocorreu logo após a posse do presidente Luiz Inácio Lula da Silva.
Desde então, Dilma tem sido elogiada pela gestão do banco, que busca promover o desenvolvimento sustentável e projetos de infraestrutura nos países-membros do bloco. Para Gleisi Hoffmann, a recondução reforça o papel de Dilma no fortalecimento das relações internacionais do Brasil e na consolidação da atuação do banco em prol dos países emergentes.