O fato: O ministro da Fazenda, Fernando Haddad, afirmou nesta segunda-feira (28) que o Brasil “vai viver uma situação nova” com a implementação da reforma tributária. A declaração foi feita durante participação no J. Safra Macro Day, em São Paulo. Segundo Haddad, a mudança será profunda e deve transformar o ambiente de negócios no país, priorizando a produtividade em vez do planejamento tributário como principal diferencial competitivo entre as empresas.
O que importa
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Sistema tributário: o novo modelo será 100% digital, eliminando o uso de papel e permitindo o acompanhamento online, em tempo real, de arrecadação e projeções de crescimento.
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Previsão: o sistema deve entrar em funcionamento a partir de 1º de janeiro de 2025.
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Impacto: a digitalização dará maior capacidade de planejamento ao Estado e às empresas, segundo o ministro.
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Guerra fiscal: Haddad defendeu que a reforma encerra a disputa tributária entre estados, considerada um entrave histórico para o desenvolvimento econômico.
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Confiança: o ministro destacou que o país poderá dar um “salto de qualidade” em competitividade e gestão pública.
O que vem a seguir
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Haddad embarca na sexta-feira (3) para a Califórnia para apresentar o marco regulatório do Plano Nacional de Data Centers, que pretende reduzir a dependência de serviços de TI do exterior e estimular novos investimentos no país.
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O governo planeja fortalecer o multilateralismo e ampliar relações comerciais com Estados Unidos, China e União Europeia.
Cenário externo
Apesar de reconhecer turbulências geopolíticas e incertezas em relação às novas políticas de taxação dos EUA, Haddad demonstrou otimismo sobre o crescimento da economia brasileira em 2025.
O ministro afirmou que a habilidade diplomática do presidente Luiz Inácio Lula da Silva é um trunfo no cenário internacional e reforçou que o Brasil manterá a estratégia de diálogo aberto com os principais blocos econômicos mundiais.
“O Brasil é uma economia grande demais para ser satélite de outra”, disse.