Golpe do “dinheiro liberado”: STJ alerta sobre fraude que usa nome da Justiça para enganar vítimas

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O Plenário do STJ.| Foto: Bárbara Cabral / STJ​

O Superior Tribunal de Justiça (STJ) emitiu um importante alerta à população sobre a ocorrência de golpes envolvendo falsas comunicações judiciais. Criminosos têm se passado por representantes do Judiciário, enviando mensagens por e-mail, WhatsApp e outros meios digitais para induzir vítimas ao pagamento de valores sob a justificativa de que haveria quantias disponíveis para saque em processos judiciais. A prática, que explora a boa-fé dos cidadãos e utiliza elementos de linguagem jurídica para parecer legítima, representa grave ameaça à confiança na Justiça e exige atenção redobrada por parte da sociedade.

🔴 Golpistas usam nome do STJ para enganar cidadãos

O Superior Tribunal de Justiça (STJ) emitiu um alerta à população sobre comunicações fraudulentas que estão sendo enviadas por email, mensagens de WhatsApp e até ligações telefônicas, alegando que o destinatário tem valores a receber em processos judiciais, mediante o pagamento prévio de taxas ou custas processuais.

🛑 É golpe. O STJ não exige qualquer pagamento para liberação de valores processuais.

🔴 Como o golpe funciona

➡️ Os criminosos entram em contato com a vítima, geralmente se passando por advogados ou servidores do Judiciário.
➡️ Informam que há uma suposta decisão judicial favorável com liberação de valores.
➡️ Para que o “saque” seja possível, exigem depósito de taxas, custas judiciais ou honorários antecipados.
➡️ Em muitos casos, utilizam linguagem jurídica técnica e dados verdadeiros extraídos de processos públicos, o que aumenta a aparência de veracidade.

🔴 STJ reforça canais oficiais de contato

O STJ esclarece que:

✅ Não entra em contato direto com partes ou advogados para solicitar valores.
✅ Toda comunicação oficial é feita por meio do Diário da Justiça Eletrônico, sistemas processuais oficiais (como o Processo Judicial Eletrônico – PJe) ou por intimação formal via cartório ou secretaria judicial.
✅ Em caso de dúvida, o cidadão deve buscar os canais oficiais de atendimento, disponíveis no site do STJ:
🌐 www.stj.jus.br
📞 Central de Atendimento: (61) 3319-8000

🔴 Recomendações de segurança jurídica e digital

🔐 Dicas para se proteger de golpes envolvendo o Judiciário:

  1. Desconfie de qualquer solicitação de pagamento por WhatsApp, SMS ou email, mesmo que contenha o brasão da República ou o nome de tribunais.
  2. Não clique em links ou anexos enviados por remetentes desconhecidos.
  3. Verifique a autenticidade da mensagem nos sites institucionais.
  4. Consulte seu advogado ou defensor público antes de realizar qualquer pagamento relacionado a ações judiciais.
  5. Em caso de golpe, registre boletim de ocorrência e informe à Ouvidoria do tribunal.

🔴 Aprofundamento: o uso da engenharia social no golpe

Este tipo de fraude se baseia em engenharia social, técnica usada para manipular vítimas e obter vantagens financeiras. Ao explorar o contexto emocional — como a expectativa de receber valores judiciais — os golpistas induzem o cidadão ao erro, simulando legalidade e urgência.

📊 Casos como esses têm se tornado mais frequentes com o avanço da digitalização da Justiça, o que exige maior alfabetização digital e jurídica da população para reconhecer práticas fraudulentas.

🔴 Enquadramento penal e providências

🧾 A prática do golpe pode configurar os crimes de:

  • Estelionato (Art. 171 do Código Penal)
  • Falsidade ideológica (Art. 299 do Código Penal)
  • Falsidade documental (Art. 298 do Código Penal)

👮‍♂️ As vítimas devem procurar imediatamente as autoridades policiais e fornecer provas das mensagens, nomes e dados bancários envolvidos.

🧭 Conclusão:

O alerta do STJ reforça a importância da vigilância digital, da verificação da procedência das informações judiciais e do acesso aos canais institucionais de comunicação. Golpes como esse fragilizam a confiança no sistema de justiça e exigem resposta firme das instituições e da sociedade.

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