Pesquisa Futura mostra avanço do governador de SP e queda do presidente, a 15 meses da eleição
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Por que importa:
É a primeira vez desde 2023 que Tarcísio de Freitas (Republicanos) aparece numericamente à frente de Lula fora da margem de erro em um cenário de segundo turno. A sondagem revela um afundamento da base lulista e o surgimento real de um nome viável da direita pós-Bolsonaro.
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Os números no 2º turno:
* Tarcísio: 46,5%
* Lula: 34,9%
* Branco/nulo: 15,8%
* Indecisos: 2,8%
Tarcísio abriu vantagem de 11,6 pontos — Lula caiu 6,1 e o governador subiu 5,4 pontos desde maio.
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No 1º turno com mais candidatos:
* Lula: 28,2%
* Tarcísio: 26,3%
* Ciro Gomes e Caiado ainda aparecem, mas com pontuações inferiores
Cenário ainda indefinido, mas Tarcísio já se consolida como o principal nome da direita viável sem Bolsonaro.
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Quem pode herdar o bolsonarismo?
* Tarcísio aparece em patamar semelhante ao do ex-presidente (Bolsonaro tem 50%, Lula 37,4%)
* Michelle Bolsonaro também supera Lula: 48,4% x 38%
* Rejeição a Tarcísio é baixa: só 8,6% dizem que não votariam nele
* Orrico (Futura): “Se houver um nome único da direita, esse centro-digital pode se consolidar”
A pesquisa confirma o favoritismo da direita se houver unificação — e a ausência de Bolsonaro abre espaço para um novo “ungido”.
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O eleitor ainda não acordou para a eleição:
* 63,2% não sabem ou não responderam quando perguntados espontaneamente sobre candidatos
* Na espontânea, Tarcísio tem apenas 3%, mas Bolsonaro lidera com 27,8%
“A eleição ainda não está na pauta”, afirma o diretor da Futura, José Luiz Orrico.
Quem são os nomes da oposição testados?
* Tarcísio de Freitas (Republicanos-SP)
* Ratinho Jr. (PSD-PR)
* Ronaldo Caiado (União-GO)
* Eduardo Leite (PSD-RS)
* Michelle e Eduardo Bolsonaro (PL)
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O que vem agora:
* Tarcísio nega candidatura, mas a direita já articula seu nome como herdeiro político de Bolsonaro
* Lula precisa reagir rápido: sua aprovação derrete e seu favoritismo desaparece
* O voto antipetista segue forte e procura um novo canal
* A eleição de 2026 começa antes do previsto — e Lula já está em campo defensivo