Eduardo Leite ataca Bolsonaro e cobra Lula: “imperdoável” e “antiamericano”

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Leite disse que é necessário resgatar o sentido da política como ferramenta de mediação entre diferentes – Foto: Mauricio Tonetto/Secom-RS

O governador do Rio Grande do Sul, Eduardo Leite (PSD), classificou como “imperdoável” o apoio de Eduardo Bolsonaro ao tarifaço imposto ao Brasil pelo presidente dos EUA, Donald Trump. Mas também criticou Lula por criar, segundo ele, um “ambiente sensível” nas relações com os americanos.

A declaração foi feita nesta segunda-feira (28), durante o evento Diálogos O Globo, ao lado do prefeito do Rio, Eduardo Paes (PSD).

O que Leite disse

Leite acusou o bolsonarismo de atuar contra os interesses do Brasil:

“Não pode haver uma vinculação política de um assunto que é técnico, econômico. Aqueles que atuam por isso — notadamente da família Bolsonaro — estão cometendo algo inadmissível. É imperdoável.”

O governador também não poupou Lula:

“Insistir em uma percepção antiamericana e atacar o uso do dólar no comércio internacional é criar um ambiente muito sensível.”

Paes vê destruição de consensos

O prefeito do Rio criticou, sem citar nomes, forças políticas que “atuam contra o Brasil” e reforçou que a política virou guerra de torcidas:

“Hoje, a destruição do inimigo justifica tudo. Até ver uma força doméstica torcendo contra o próprio país.”

Contra a anistia a Bolsonaro

Tanto Leite quanto Paes rejeitaram a ideia de perdão ao ex-presidente Jair Bolsonaro, réu no STF por tentativa de golpe.

Leite defendeu que decisões do Supremo sejam respeitadas, como foi com Lula. Paes disse que indulto não pode ser tema central nas eleições:

“É um assunto de interesse de um indivíduo, não do Brasil.”

Cobrança fiscal ao governo Lula

Ambos cobraram medidas concretas de corte de gastos. Leite foi direto:

“O arcabouço fiscal apostou demais na arrecadação e ignorou o controle de despesas. O resultado está aí.”

Paes amenizou, mas cobrou sinalizações mais firmes:

“Haddad tem feito sua parte, mas é hora de mostrar que se pode cortar gastos e melhorar a máquina pública.”

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