O que aconteceu:
A Primeira Turma do STF condenou Jair Bolsonaro a 27 anos e 3 meses de prisão pela trama golpista. O relator, Alexandre de Moraes, apontou que o ex-presidente “induziu a população” a atacar o sistema eleitoral e chefiou um núcleo que visava “implantar uma organização criminosa”.
O quadro geral:
- A pena inclui 24 anos e 9 meses de reclusão e 2 anos e 6 meses de detenção, além de 124 dias-multa de dois salários mínimos cada.
- A decisão foi acompanhada por Cármen Lúcia, Flávio Dino e Cristiano Zanin. Luiz Fux divergiu, votando pela absolvição.
- Generais e ex-ministros do governo — Braga Netto, Anderson Torres, Augusto Heleno, Paulo Sérgio Nogueira e Almir Garnier — também receberam penas pesadas, que variam de 19 a 26 anos.
Por que importa:
É a primeira vez na história republicana que a mais alta corte condena um ex-presidente por tentativa de golpe. Moraes destacou o caráter pedagógico da decisão: “a prevenção é necessária para que isso não volte a ocorrer”.
Vá mais fundo:
- Bolsonaro, que tem 70 anos, viu a pena atenuada pela idade, mas não escapou da definição de culpabilidade “desfavorável”.
- Zanin ressaltou que a responsabilização é essencial para a pacificação nacional, respondendo indiretamente ao projeto de anistia defendido por Tarcísio de Freitas.
- O julgamento reafirma o peso do STF como guardião da democracia — mas também reacende o debate sobre memória autoritária e polarização política.
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