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Acaba a farra ESG enquanto a crise climática se agrava

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Contexto rápido: O entusiasmo com ESG (ambiental, social e governança) está diminuindo de forma célere na mesma medida em que há mais e mais sinais do agravamento da crise climática. O termo, que já foi tendência em cartas e discursos de CEOs e fundos de investimentos, perdeu força desde o pico em maio de 2023.

O que aconteceu: Fatores como a guerra na Ucrânia, que priorizou a segurança energética na Europa em detrimento da energia limpa, e críticas de políticos americanos e comunicadores de direita, como Tucker Carlson e Ron DeSantis, que associaram ESG ao “capitalismo woke”, contribuíram para essa queda. Além disso, denúncias de greenwashing (práticas ambientais enganosas) por ex-executivos, como Desiree Fixler, minaram a confiança no conceito.

Na “ilha”: O periódico inglês, Financial Times, fez um vídeo explicando o cenário do ocaso ESG. O batismo do vídeo já diz tudo: Who killed the ESG party? 
O que vem a seguir:
1. Riscos materiais se tornarão padrão: Avaliar riscos climáticos e ambientais será essencial para investidores.
2. Foco em longo prazo: Fundos de pensão e investidores de longo prazo continuarão focando em energias renováveis.
3. Impacto positivo como diferencial: Poucas empresas buscarão se diferenciar com certificações de impacto positivo.
4. Mudança de foco interno: A demanda por sustentabilidade passará do CFO para líderes de inovação, impulsionada pelo desejo dos consumidores por produtos sustentáveis.
Por que importa: A discussão sobre ESG reflete uma transição nas prioridades de investidores e empresas, em meio a pressões políticas e mudanças no comportamento dos consumidores.
Aqui estão as explicações sobre os nomes mencionados no artigo:
. Tucker Carlson: Apresentador conservador de televisão nos Estados Unidos, conhecido por suas críticas ao “capitalismo woke”, termo usado para descrever políticas empresariais que ele vê como excessivamente preocupadas com justiça social e ambiental.
. Ron DeSantis: Político americano e governador da Flórida. Ele é crítico de práticas ESG, vendo-as como uma forma de imposição ideológica e tem atuado para proteger a indústria de petróleo e gás em estados como o Texas e a Flórida.
. Desiree Fixler: Ex-diretora de ESG da DWS, uma gestora de investimentos que se separou do Deutsche Bank. Ela denunciou publicamente que grande parte das alegações de sustentabilidade dos fundos ESG não se sustentavam na prática, acusando o mercado de greenwashing. Sua denúncia levou a uma redução no número de fundos ESG e maior ceticismo sobre o conceito.
Vá mais fundo sobre o significado de Capitalismo Woke: O termo “capitalismo woke” critica empresas que adotam discursos ditos progressistas — como defesa de direitos sociais, ambientais ou de minorias — apenas para melhorar sua imagem pública e atrair consumidores, sem mudanças significativas em suas práticas.
O que é greenwashing: é o uso de estratégias de marketing por empresas para criar uma imagem falsa ou exagerada de responsabilidade ambiental. Essas empresas promovem produtos, serviços ou políticas como “sustentáveis” ou “ecologicamente corretos” sem que suas ações realmente reflitam esse compromisso

Por que importa?
O uso de causas sociais por empresas pode ser visto como oportunismo de marketing, mas também pode aumentar a visibilidade de questões importantes e pressionar por mudanças no mercado.

O debate:

  • Críticos argumentam que essas empresas utilizam as causas como estratégia comercial, mantendo práticas contraditórias, como apoio a políticos conservadores ou exploração de mão de obra.
  • Defensores dizem que, mesmo que motivadas por lucro, essas ações aumentam a conscientização e geram pressão para comportamentos mais responsáveis.

E agora?
Consumidores e ativistas precisam avaliar até que ponto as ações das empresas são genuínas ou apenas uma fachada para se beneficiarem da “moda woke”.

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