
O fato: O Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) aprovou, nesta terça-feira (9), um novo financiamento de R$ 200 milhões para o avanço do carro voador da Eve, empresa de mobilidade aérea urbana ligada à Embraer. O recurso será destinado à integração dos motores elétricos e aos testes do protótipo de certificação do eVTOL.
Contexto: O crédito tem duas origens: R$ 160 milhões do Fundo Clima e R$ 40 milhões da linha Finem. O BNDES já acumula R$ 1,2 bilhão em aprovações para diferentes etapas do projeto desde 2022, incluindo a construção da fábrica em Taubaté (SP). Em 2024, o banco também realizou investimento direto de cerca de R$ 405 milhões na Eve, dentro da estratégia de ampliar participação em empresas consideradas estratégicas.
Os detalhes: Segundo o banco, o eVTOL da Eve foi projetado para transportar quatro passageiros e um piloto, com alcance de 100 km e espaço para bagagens. A aeronave terá oito motores elétricos elevadores nas asas para decolagem e pouso vertical, além de um motor traseiro específico para voo horizontal. O BNDES afirma que o veículo representa uma inovação na mobilidade urbana por oferecer deslocamentos mais rápidos entre pontos centrais das regiões metropolitanas, com emissões reduzidas em comparação a helicópteros e carros tradicionais. O projeto já acumula 2.800 encomendas em nove países.
O novo financiamento permitirá acelerar a fase crítica de integração do sistema de propulsão elétrica, de acordo com a Eve. A expectativa é que o primeiro voo ocorra em 2026, marco que simbolizaria 120 anos do voo do 14 Bis. O governo federal defende o fortalecimento do BNDES como instrumento de apoio à indústria e à inovação, uma diretriz que recebe apoio em parte do mercado e críticas de outra, que teme expansão excessiva do banco. A instituição, porém, afirma que tem direcionado recursos para setores considerados estruturantes, como tecnologia e transição energética.






