
O fato: O custo da cesta básica aumentou em 14 das 17 capitais brasileiras analisadas em março. A maior alta acumulada em 12 meses foi registrada em Fortaleza, que agora lidera entre as capitais do Norte e Nordeste.
Dados: De acordo com o Dieese, a cesta básica em Fortaleza subiu 2,36% no mês, alcançando R$ 727,46. No acumulado de 12 meses, a alta chega a 9,69% — a maior entre todas as capitais brasileiras. O tomate (14,76%), a banana (11,19%), o café (7%) e o pão francês (2,83%) puxaram a elevação em março. Ainda assim, alguns produtos recuaram: arroz (-7,21%), óleo de soja (-6,17%) e carne bovina de primeira (-1,08%).
Cenário nacional: As maiores elevações foram registradas no Sul: Curitiba (3,61%), Florianópolis (3%) e Porto Alegre (2,85%). Já as únicas capitais com queda no custo da cesta foram Aracaju (-1,89%), Natal (-1,87%) e João Pessoa (-1,19%). O café teve alta em todas as cidades analisadas. Tomate e leite integral também pressionaram a inflação alimentar.
São Paulo segue com a cesta mais cara do país (R$ 880,72), seguida por Rio de Janeiro (R$ 835,50), Florianópolis (R$ 831,92) e Porto Alegre (R$ 791,64). Na outra ponta, os menores valores estão em Aracaju (R$ 569,48), João Pessoa (R$ 626,89), Recife (R$ 627,14) e Salvador (R$ 633,58).
Impacto: Considerando a cesta mais cara, o Dieese calcula que o salário mínimo ideal em março deveria ser de R$ 7.398,94 — 4,87 vezes maior que o atual, de R$ 1.518,00 — para garantir dignidade ao trabalhador e cobrir despesas com alimentação, moradia, saúde, educação, transporte, lazer e previdência.







