Cid rompe o silêncio e defende Júnior Mano: “Não boto a mão no fogo por ninguém, mas ele é do bem”

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O que houve
Após semanas em silêncio, o senador Cid Gomes (PSB) convocou uma coletiva nesta terça (16) para sair em defesa do deputado federal Júnior Mano (PSB), investigado pela Polícia Federal por suposto esquema de desvio de emendas parlamentares. Pré-candidato ao Senado em 2026, Mano é hoje o parlamentar com maior base de prefeitos aliados no Ceará.
Por que importa
A manifestação de Cid era aguardada desde que a operação da PF atingiu o nome de Mano. Com um discurso longo, o senador tentou esvaziar a acusação, classificando-a como “fruto de uma denúncia eleitoral sem provas” e atribuindo interesses políticos à origem do processo.
As frases
•“Minha intuição nunca falhou. Convivendo com 5 mil pessoas, só me enganei com 5.”
•“Não boto a mão no fogo por ninguém. Mas até que se prove o contrário, Júnior Mano é um homem do bem.”
•“Não há, no processo, um papel sequer que vincule Júnior Mano a recebimento de dinheiro.”
•“Essa denúncia nasceu no calor da campanha em Canindé. Foi uma cortina de fumaça.”
•“Não existe mágica: quem tem voto não precisa vender emenda.”
A tese de Cid
Cid sustenta que a denúncia partiu da ex-prefeita de Canindé, Rosário Ximenes, após a derrota de seu grupo político em 2024 e a veiculação de um vídeo envolvendo sua filha. Segundo ele, a reação teria sido criar uma denúncia contra adversários — entre eles, Júnior Mano — com o objetivo de desviar o foco. A Polícia Federal teria dado continuidade à investigação, mas com base em elementos frágeis.
O que ele mostrou
Durante a coletiva, Cid exibiu trechos de áudios, documentos e um levantamento próprio sobre emendas parlamentares. Disse que a citação a Júnior Mano se resume a mensagens trocadas entre um assessor e aliados locais — nenhuma delas contendo indício direto de corrupção.
No pano de fundo
A fala também teve recado interno. Cid reafirmou que não tem ambição de disputar vaga ao Senado em 2026 e que defende Mano como nome do PSB para a chapa majoritária. Alertou para os “interesses cruzados” que, segundo ele, atuam para enfraquecer Mano e esvaziar sua força política no interior.
Abre aspas
“Tem muita gente interessada em me empurrar de volta pra disputa. Não vou. A vaga, se o PSB tiver, é de Júnior Mano.”
“Quem quiser me ver morto vai ter que suar muito. Eu não morro fácil.”
Focus Poder acompanha os desdobramentos da investigação e os movimentos internos do PSB no Ceará.

 

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