Alvo de afagos da direita local, Ciro Gomes (PDT) ouviu um “não” sonoro vindo do topo do PL nacional. O senador Rogério Marinho, líder da oposição no Senado e secretário-geral do partido, descartou qualquer possibilidade de apoio ao pedetista nas eleições de 2026.
🗣️ “Ciro é um opositor declarado do presidente Bolsonaro. É evidente que não há afinidade nem dele conosco nem nossa com ele”, disse Marinho ao O Povo.
💣 Reciprocidade negativa
O ex-ministro do Desenvolvimento Regional de Bolsonaro foi categórico:
“Não haverá possibilidade de o PL apoiar o Ciro pro Governo do Estado. A candidatura dele é legítima, mas sem o nosso apoio.”
A fala enterra, por ora, as especulações locais sobre uma improvável composição entre Ciro e bolsonaristas — ventilada após a aproximação com o deputado federal André Fernandes (PL), apoiado por Ciro na disputa pela Prefeitura de Fortaleza em 2024.
🧩 A dança das alianças
Ainda que feche a porta para Ciro, Rogério Marinho acena para uma composição mais ampla no Ceará:
“Vamos ter candidaturas ao Governo do Estado, não necessariamente do PL. Tem o União Brasil, que já nos apoiou, e o Novo, do Eduardo Girão.”
O foco, segundo o senador, será formar uma bancada robusta de deputados federais e lançar nomes ao Senado.
🤝 E o André?
Mesmo discordando da aproximação com Ciro, Marinho não poupou elogios ao deputado federal André Fernandes (PL):
“O André é um extraordinário quadro da política do Ceará e do Brasil. Mostrou muita capacidade de articulação no 2º turno em Fortaleza.”
🧠 Vá mais fundo
A fala de Marinho escancara as fraturas entre a política pragmática local e os limites ideológicos nacionais. Enquanto deputados estaduais do PL no Ceará ensaiam um alinhamento tático com Ciro, o comando do partido impõe barreiras com base no histórico de antagonismo do pedetista com Jair Bolsonaro.
🔎 Na prática, o jogo está aberto. O PL pode até não apoiar Ciro, mas a direita cearense segue à procura de um nome com musculatura eleitoral — e isso pode reembaralhar alianças nos próximos meses.