Com Camilo ao lado, Lula transforma aniversário de 95 anos do MEC em ato político

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Presidente da República, Luiz Inácio Lula da Silva, e ministro Camilo Santana durante a participação na Corrida e Caminhada MEC 95 anos, na Esplanada dos Ministérios. Brasília – DF. Foto: Ricardo Stuckert / PR

O presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) abriu o domingo (28) em Brasília com uma caminhada de 3 km para celebrar os 95 anos do Ministério da Educação (MEC). O evento, que também teve percursos de 5 km e 10 km, virou um gesto político: Lula vestiu camiseta vermelha do MEC, boné com o slogan “O Brasil é dos brasileiros”, caminhou ao lado da primeira-dama Janja e de ministros e falou de soberania nacional dias após discursar na ONU e trocar rápidas palavras com Donald Trump.

“Não tem motociata, não tem pornochanchada, tem caminhada. Caminhada de educadores”, provocou Lula, em recado direto ao ex-presidente Jair Bolsonaro (PL).

“É através da educação, da creche à universidade, da alfabetização ao curso de engenharia que a gente vai tornar o Brasil soberano pra nunca mais ninguém dar palpite sobre o Brasil”, reforçou.

Camilo no centro
Ao lado de Lula do início ao fim, Camilo Santana (PT-CE) foi o destaque. O ex-governador do Ceará, estado referência em alfabetização e ensino médio, o ministro da Educação acabou estampando as capas dos principais sites do país. O gesto não é acidental: Camilo consolida-se como um dos ministros mais fortes do governo, com imagem técnica, popular em sua origem e capacidade de articulação — atributos que Lula gosta de nacionalizar.

Palco de pesos-pesados
O ato reuniu ministros estratégicos — Fernando Haddad (Fazenda), Alexandre Silveira (Minas e Energia), Alexandre Padilha (Saúde) e Gleisi Hoffmann (Relações Institucionais) — além do presidente do Banco Central, Gabriel Galípolo, e do presidente do PT, Edinho Silva. O Planalto quis mostrar coesão e transformar um aniversário burocrático em vitrine de poder.

Por que importa

  • Lula usou o MEC para marcar posição sobre soberania em meio a tensões com os EUA e críticas ao governo Trump pela interferência no caso Bolsonaro.

  • O ato também serviu para mostrar a boa condição física do presidente, criando vacinas contra a usual percepção de que Lula está com idade avançada demais para exercer novo mandato presidencial.
  • Camilo Santana emergiu como rosto da agenda educacional e figura com peso político crescente dentro do PT.

  • O Ceará, referência em políticas públicas de educação, volta a ser vitrine nacional e ativo de prestígio para Lula.

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