Desaprovação ao governo Lula atinge 56% e chega ao pior nível desde a posse; Até o Nordeste diz não

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A nova rodada do PoderData mostra que a desaprovação ao governo Lula subiu para 56% — o maior patamar desde o início do mandato em 2023. A aprovação caiu para 39%. A deterioração coincide com o escândalo dos descontos ilegais em aposentadorias do INSS.

📉 As curvas se inverteram

• No início de 2023: 52% aprovavam, 39% desaprovavam.

• Hoje: 56% desaprovam, 39% aprovam — uma diferença negativa de 17 pontos.

• A queda é contínua em 2025, mesmo com alta do PIB e queda no desemprego.

📊 Dados da pesquisa

• 2.500 entrevistas entre 31/5 e 2/6 em 218 municípios do país.

• Margem de erro: 2 p.p.

• O levantamento já captou os efeitos do escândalo dos R$ 6,5 bilhões desviados de aposentadorias e pensões.

🧨 INSS: o fator de impacto

• O governo tenta responsabilizar gestões anteriores, mas a reação lenta à crise tem custado caro.

• A fraude, associada a sindicatos e entidades, expôs falhas na fiscalização e gerou desgaste político profundo.

🎙 O que disse Lula

O presidente prometeu que 2025 seria “o ano da colheita”. Mas a percepção do eleitorado está distante dos indicadores positivos:

“Temos problemas de comunicação”, afirmou Lula, ao trocar a chefia da Secom — sem efeito até aqui.

🔍 Desgaste é geral, mas afeta mais os idosos

• Entre eleitores de 45 a 59 anos: desaprovação chega a 60%.

• Entre idosos: 50% desaprovam.

• Mesmo entre os jovens, onde Lula tinha maior apoio, os índices agora estão empatados: 49% aprovam, 49% desaprovam.

🛐 Religião pesa

• Católicos: pela 1ª vez, desaprovação (48%) supera a aprovação (45%).

• Evangélicos: 70% desaprovam, 25% aprovam — distância de 45 pontos percentuais.

📍 Nem no Nordeste o cenário é positivo

• Aprovam Lula: 47%

• Desaprovam Lula: 49%

Mesmo no reduto eleitoral histórico do PT, os números mostram erosão do apoio.

🧭 Por que importa

O governo Lula enfrenta um ponto de inflexão. A combinação de escândalo administrativo, comunicação falha e promessas não percebidas no cotidiano pode minar o capital político de Lula antes da metade do mandato. A oposição já age para capturar esse vácuo.

A leitura de bastidor

O desgaste crescente do presidente pode redesenhar o cenário para 2026. Com a direita articulando alianças, como no Ceará com Roberto Cláudio e Capitão Wagner, o Planalto vê o tempo político encurtar — e o apoio social escorrer.

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