
O fato: A dívida bruta do Brasil subiu em fevereiro, mas o rombo nas contas públicas veio muito abaixo do esperado, aliviando parte da pressão sobre o cenário fiscal. Segundo dados divulgados nesta terça-feira (2) pelo Banco Central, a dívida pública bruta alcançou 76,2% do Produto Interno Bruto (PIB), frente aos 75,7% registrados em janeiro.
Já a dívida líquida do setor público chegou a 61,4% do PIB, ligeiramente acima dos 61,1% do mês anterior, mas ainda abaixo da previsão de analistas consultados pela Reuters, que estimavam 61,8%.
Déficit primário menor surpreende mercado: O principal destaque do mês foi o resultado primário do setor público consolidado — que inclui governo central, estados, municípios e estatais. Em fevereiro, o déficit foi de R$ 18,973 bilhões, valor bem abaixo da projeção de R$ 31,5 bilhões.
A composição dos dados revela que:
- Governo central teve déficit de R$ 28,517 bilhões;
- Estados e municípios apresentaram superávit de R$ 9,244 bilhões;
- Estatais registraram saldo positivo de R$ 299 milhões.
O número menor do que o esperado pode sinalizar um início de ano fiscal mais controlado por parte dos entes subnacionais, mesmo com o avanço da dívida bruta. Ainda assim, o quadro geral segue desafiador diante das metas fiscais do governo para 2025.







