
O deputado Eduardo Bolsonaro (PL-SP) afirmou ao jornal britânico que os Estados Unidos estudam novas sanções contra ministros do STF que mantiverem o julgamento de Jair Bolsonaro por tentativa de golpe de Estado.
“Sei que [Trump] tem uma série de possibilidades na mesa, desde sancionar mais autoridades brasileiras a uma nova onda de retiradas de vistos e questões tarifárias”, disse Eduardo.
Quem está na mira
O principal alvo, segundo ele, é o ministro Alexandre de Moraes — relator do caso e autor da recente decisão que colocou Bolsonaro em prisão domiciliar.
As ações em discussão, segundo Eduardo, podem incluir:
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Bloqueio de vistos para Moraes e aliados
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Novas tarifas comerciais contra o Brasil
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Sanções à esposa do ministro, citada como “braço financeiro”
O lobby internacional
Eduardo confirmou que planeja viajar à Europa para pedir medidas semelhantes à União Europeia.
Ele citou apoio do líder do Chega, André Ventura (Portugal), e de eurodeputados de direita que já pressionam a alta representante da UE, Kaja Kallas, a adotar sanções.
No mês passado, um grupo de 16 parlamentares europeus enviou carta pedindo o congelamento de bens e restrições de entrada para Moraes e aliados, sob acusação de “violações de direitos humanos”.
O pano de fundo
O FT descreve Eduardo como o articulador de um lobby externo para tentar evitar que o pai seja condenado e preso.
Críticos afirmam que a ofensiva pode afetar exportações e empregos no Brasil. Eduardo responde: “Estou agindo para salvar a democracia”.
A Casa Branca e o Departamento de Estado não comentaram ao jornal.