O SBS, site de notícias da Austrália dedicado a produzir conteúdo para outras línguas além do inglês, publicou texto exaltando a constante participação da cientista política Deborah Barros Leal Farias nos debates da mídia australiana acerca da peculiar e instável política brasileira.
Pródiga em acontecimentos de grande interesse jornalístico, a última década a politica brasileira se tornou pauta relevante na mídia mundial. Lava Jato, impeachment, ascenção e derrota de Jair Bolsoraro, atos golpistas, retorno de Lula ao poder e diversos outros fatos atraem a atenção do mundo para a política do Brasil. E nada como ter uma especialita brasileira para explicar os fatos.
Professora na escola de Estudos Sociais da Universidade de Nova Gales do Sul (UNSW), Deborah participou recentemente do podcast “Defending Democracy”, conduzido pelo ex-primeiro ministro liberal Malcolm Turnbull. O tema: a crise da democracia brasileira nos últimos anos.
Deborah é filha do professor Gil Farias, do Departamento de Fisica da UFC, e da escritora e colaboradora do Focus (as imperdíveis crônicas das sextas-feiras), Angela Barros Leal.
Veja trechos da reportagem do SBS
Quem acompanha o noticiário da tevê na Austrália talvez já tenha se deparado com a acadêmica brasileira Deborah Barros Leal Farias quando o Brasil vira assunto – em especial, nas eleições presidenciais de 2018 e 2022.
Ela tem se transformado na principal comentarista de assuntos brasileiros na imprensa do país, com participações na ABC, Canal 9 e Radio National, além de figura constante na SBS em português.
…Debora Barros Leal Farias percorreu um longo caminho acadêmico antes de chegar à Universidade de NSW em 2018. É a história dela que vamos contar agora.
A relação da professora Deborah com o ambiente universitário começou praticamente no berço. Seu pai foi professor da Universidade Federal do Ceará no Departamento de Física. E a ascensão profissional dele levou toda a família junto.
Deborah nasceu em Brasília, onde o pai fazia mestrado na época. E várias temporadas na terra da família, Fortaleza, foram entremadas com anos em outros lugares relacionados a projetos acadêmicos do paí, como em São Carlos, no estado de São Paulo, na Califórnia, onde Debora aprendeu a falar inglês na infância, depois próximo de Chicago, também nos EUA, em Antuérpia, na Bélgica, e depois, desta vez sozinha, na França, onde aprendeu o francês.
A atual professora da Universidade de Nova Gales do Sul (UNSW) cursou Economia na Universidade Federal do Ceará e Direito na Universidade de Fortaleza.
Mais tarde, defendeu mestrado em Relações Internacionais na Universidade de Brasília, onde estudou a Paradiplomacia, ou seja, a diplomacia feita por entidades subnacionais. Depois foi parar no Canadá, para o doutorado na Universidade da Colúmbia Britânica, em Vancouver. Ali apresentou uma tese sobre cooperação técnica entre países.
“Em 1990, 91, quando fiz vestibular, a única coisa que eu vislumbrava mesmo como uma coisa realista na área internacional era a diplomacia. A acadêmica não tava tanto na cabeça, mas depois que fiz meu mestrado e a dar aula, comecei a simpatizar mais com a ideia da área acadêmica de Relações Internacionais. Enquanto eu tava nesse período de 2000 a 2008, por cinco anos eu trabalhei na assessoria internacional do gabinete do governador. Foi uma experiência muito produtiva. Em 2008, eu fui aprovada para fazer um doutorado em Ciência Política, e fui eu, meu marido e um de nossos dois filhos, para Vancouver por 10 anos. Lá fiz pós-doc, e os dois últimos anos foi trabalhando no consulado do Brasil em Vancouver.”
Aqui, leia a reportagem completa da SBS