O fato: o mercado financeiro elevou a previsão da inflação para 2025. Segundo o Boletim Focus desta segunda-feira (3), a projeção do Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) subiu de 5,5% para 5,51%. Há quatro semanas, a expectativa era de 4,99%.
Os números: para 2026, a inflação prevista subiu de 4,22% para 4,28%. Para 2027 e 2028, as projeções são de 3,9% e 3,74%, respectivamente. O número para 2025 segue acima do teto da meta de inflação do Conselho Monetário Nacional (CMN), que é de 3%, com margem de tolerância de 1,5 ponto percentual para cima ou para baixo (1,5% a 4,5%).
O impacto: o Banco Central utiliza a taxa básica de juros, a Selic, para controlar a inflação. O Focus manteve a projeção da Selic em 15% para 2025, nível que se mantém há quatro semanas. Para os anos seguintes, a expectativa é de 12,5% em 2026, 10,38% em 2027 e 10% em 2028.
O crescimento: a projeção do Produto Interno Bruto (PIB) permaneceu em 2,06% para 2025, mesma estimativa da semana anterior. Para 2026, a expectativa é de alta de 1,72%, seguida de 1,96% em 2027 e 2% em 2028.
Contexto: a Selic está atualmente em 13,25% ao ano, após quatro altas consecutivas decididas pelo Comitê de Política Monetária (Copom). O aumento mais recente foi de 1 ponto percentual, refletindo preocupações com a inflação, a alta do dólar e os gastos públicos. O ministro do Trabalho e Emprego, Luiz Marinho, criticou a medida, alegando impacto negativo na geração de empregos.
O câmbio: o mercado prevê dólar a R$ 6 em 2025 e 2026. Para 2027, a projeção é de R$ 5,93, voltando a R$ 6 em 2028.