
O fato: Pela sétima semana consecutiva, o mercado financeiro reduziu suas projeções para a inflação brasileira. De acordo com o Boletim Focus, divulgado nesta segunda-feira (14) pelo Banco Central, a expectativa para o Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) em 2025 recuou para 5,17%. Apesar da queda, a estimativa ainda está acima do teto da meta de inflação estipulada pelo Conselho Monetário Nacional (CMN), de 4,5%.
Há um mês, o mercado projetava inflação de 5,25%. Para 2026 e 2027, as previsões permanecem estáveis: 4,5% e 4%, respectivamente.
PIB e câmbio: A projeção para o Produto Interno Bruto (PIB) em 2025 foi mantida em 2,23%. Para 2026, houve leve alta: de 1,86% para 1,89%. Já para 2027, a expectativa é de crescimento de 2%.
No câmbio, o dólar teve sua estimativa revisada para baixo pela terceira semana seguida. A moeda norte-americana deve encerrar 2025 cotada a R$ 5,65 – na semana anterior, o valor projetado era R$ 5,70. Para o fim de 2026, a projeção passou de R$ 5,75 para R$ 5,70. Em 2027, a previsão é de R$ 5,71.
Juros e política monetária: A taxa básica de juros (Selic) deve permanecer em 15% ao ano em 2025, segundo o Focus. Para 2026 e 2027, o mercado espera quedas graduais: 12,50% e 10,50%, respectivamente.
Na ata da última reunião, o Comitê de Política Monetária (Copom) sinalizou que poderá manter os juros nesse patamar por mais tempo para garantir o controle da inflação, sem descartar novos aumentos. Juros mais altos tendem a conter o consumo e o crédito, mas também desaceleram a economia.