O fato: O Índice de Preços ao Produtor (IPP) fechou 2024 com alta acumulada de 9,42%, pressionado pelo aumento nos preços dos alimentos e pela valorização do dólar. Em dezembro, o IPP subiu 1,48%, acelerando em relação a novembro (1,25%), segundo o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).
Impacto: A valorização do dólar, que encerrou o ano com alta de 27,36%, influenciou diversos setores industriais, incluindo alimentos, metalurgia, químicos e madeira. O segmento de alimentos teve a maior alta anual (14,08%) desde 2021, impulsionado pelo aumento dos preços das carnes bovinas e de aves, além da disparada do café (69,28%) devido à menor oferta global.
O cenário: O avanço nos preços ao produtor já reflete no bolso dos consumidores, com impacto no IPCA-15 de janeiro, que subiu 0,11%. Entre as grandes categorias econômicas, bens de capital subiram 7,52% em 2024, enquanto bens intermediários avançaram 8,49% e bens de consumo, 11,24%.
O IPP mede as variações de preços na porta da fábrica, sem impostos e frete, abrangendo 24 setores das indústrias extrativas e de transformação.