
O fato: A produção industrial cearense vem se destacando no cenário nacional em 2024, com um crescimento acumulado de 8,7% entre janeiro e setembro, colocando o estado como o segundo melhor do país em expansão industrial, atrás apenas do Rio Grande do Norte. O resultado é refletido também no acumulado dos últimos 12 meses, onde o Ceará registra um aumento de 7,3%. Os dados, divulgados nesta quinta-feira (7) pela Pesquisa Industrial Mensal do IBGE, reforçam o avanço da economia local.
Ações e impactos econômicos: O governador Elmano de Freitas atribui os resultados positivos ao trabalho do governo estadual em fortalecer o ambiente de negócios e atrair investimentos, destacando que a expansão industrial amplia tanto a geração de empregos quanto a produção de riqueza no estado. Brígida Miola, secretária executiva da Indústria do Ceará, complementa que a taxa de crescimento do PIB cearense (7,2%) é um indicador da competitividade do estado, superando a média nacional de 3,3%.
Investimentos aprovados e geração de empregos: Em 2024, o Conselho de Desenvolvimento Econômico do Estado (Condec) aprovou mais de R$ 3 bilhões em investimentos privados, com previsão de criação de 19 mil novos empregos nos próximos anos. O presidente da Agência de Desenvolvimento do Ceará (Adece), Danilo Serpa, afirma que o governo prioriza iniciativas que gerem emprego e renda para a população, com o apoio ao Fundo de Desenvolvimento Industrial (FDI).
Destaques industriais em 2024:
• Vestas: A dinamarquesa Vestas assinou um acordo com o governo para expandir suas operações em Aquiraz, com um investimento de R$ 130 milhões para aumentar a produção de turbinas e pás eólicas.
• Solar Coca-Cola: Em Maracanaú, a empresa destinará R$ 306 milhões para modernizar a fábrica, gerando empregos e fortalecendo a cadeia produtiva local.
• Polo Automobilístico de Horizonte: Anunciado em agosto, o polo deve gerar cerca de 9 mil empregos diretos e indiretos, com um investimento estimado em R$ 400 milhões.
Mais detalhes: Além da capital e Região Metropolitana de Fortaleza, o interior do Ceará também atraiu grandes investimentos. A Grendene inaugurou uma segunda fábrica no Crato, enquanto a AeC Contact Center e a Eternit expandiram operações em Juazeiro do Norte e Caucaia, respectivamente, gerando milhares de empregos.
A empresa Smurfit Westrock, líder em embalagens sustentáveis, investiu R$ 33 milhões em Maranguape, e a Ambev iniciou a construção de uma fecularia em Pacajus, voltada ao processamento de mandioca para beneficiar produtores locais.