
Eleições 2026
O fato: A cúpula nacional do PT avalia que o presidente Luiz Inácio Lula da Silva terá mais chances de reeleição se enfrentar o deputado licenciado Eduardo Bolsonaro (PL-SP) na disputa presidencial de 2026. A leitura interna é que o filho de Jair Bolsonaro carrega uma rejeição cristalizada, especialmente nas regiões Sul e Sudeste, e estimularia uma polarização política que favoreceria o petista.
Adversário escolhido: Segundo relatos ouvidos pela CNN, a avaliação estratégica já foi compartilhada com Lula, que nesta semana elevou o tom contra Eduardo Bolsonaro. Para assessores palacianos, a crítica pública ao deputado — a quem Lula chamou de “lambe botas” do ex-presidente norte-americano Donald Trump — sinaliza que o presidente escolheu seu adversário preferencial para o próximo pleito.
Preocupação com Tarcísio: O mesmo cálculo não se aplica ao governador de São Paulo, Tarcísio de Freitas (Republicanos). Para os dirigentes petistas, o ex-ministro de Jair Bolsonaro tem capacidade de atrair partidos de centro, como PSD e MDB, ampliando sua base e dificultando a estratégia eleitoral de Lula. A eventual candidatura de Tarcísio, nesse cenário, é vista como mais competitiva.
Direita fragmentada: A pesquisa Genial/Quaest divulgada nesta quinta-feira (5) indica que Lula aparece tecnicamente empatado em cenários de segundo turno com nomes como Jair Bolsonaro (inelegível), Tarcísio, Michelle Bolsonaro (PL), Ratinho Júnior (PSD) e Eduardo Leite (PSD). Eduardo Bolsonaro, porém, não consegue romper o teto: oscilou de 44% para 45% nas intenções de voto desde março, mantendo uma diferença de 10 pontos para Lula no cenário mais recente.
Pressão no campo bolsonarista: Embora Jair Bolsonaro tenha sinalizado que só definirá seu candidato em 2026, a preferência por Eduardo já foi manifestada nas últimas semanas. Partidos de centro-direita, por outro lado, pressionam o ex-presidente a apoiar Tarcísio ainda este ano, na tentativa de consolidar uma candidatura mais competitiva.