Quando o sertão vence a seca: Orós volta a sangrar após 14 anos

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Sangradouro do Orós visto a partir de uma imagem de drone: uma fina camada de alguma começou a lavar a parede.

O que importa:
O Orós, segundo maior reservatório do Ceará, voltou a sangrar neste sábado (26), depois de 14 anos. O fato foi celebrado com música, feira gastronômica e muita emoção na cidade de Orós, no Centro-Sul do Estado.

Por que isso é importante:

  • Reserva estratégica: O açude, com capacidade para 1,9 bilhão de m³ de água, é crucial para o abastecimento, irrigação e piscicultura no Vale do Jaguaribe.
  • Recuperação histórica: Em 2020, o Orós chegou a apenas 4,73% do volume. Sua cheia marca o fim de um ciclo de estiagem brutal no interior cearense.
  • Força simbólica: Construído entre 1958 e 1961 pelo Departamento Nacional de Obras contra as Secas (Dnocs), o Orós representa a resiliência de um povo que, historicamente, enfrenta a escassez de água.

Entre as linhas:

  • A sangria ocorreu quase na mesma data da última vez, em 27 de abril de 2011.
  • Desde fevereiro, com as fortes chuvas, o Orós vinha sendo o açude com maior recarga diária no Ceará.
  • O evento atraiu turistas e movimentou a economia local.

Vá mais fundo:

  • Origem: Idealizado no governo de Juscelino Kubitschek e inaugurado em 1961, o Açude Orós foi batizado oficialmente como Açude Presidente Juscelino Kubitschek de Oliveira, mas ficou conhecido pelo nome da cidade.
  • Importância histórica: Durante décadas, foi o maior reservatório de água do Ceará até a construção do Açude Castanhão em 2002.
  • Função estratégica: Além de abastecer cidades, o Orós pereniza o Rio Jaguaribe e fortalece a agricultura irrigada no sertão cearense.

Frase que resume o momento:

“Quando o Orós sangra, o Ceará respira.”

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