O Fórum Permanente de Processualistas Civis, que reúne especialistas de todo o Brasil, destacou uma inovação tecnológica desenvolvida e aplicada pelo Tribunal de Justiça do Ceará (TJCE). O robô Clóvis, conjunto de automações de atividades judiciais, foi apontado como referência de Boa Prática pelos mais de quinhentos processualistas presentes no evento, realizado, nesse final de semana, em Brasília.
Na sexta-feira (15/03), o “Grupo de Tecnologia e Sistema de Justiça”, atuante como observatório de soluções tecnológicas, realizou uma análise de mais de 20 ferramentas de todo o país. Entre elas, quatro foram pré-selecionadas como as mais relevantes, incluindo o robô Clóvis, do TJCE. No dia seguinte, a funcionalidade foi apresentada à plenária do evento e, de forma unânime, aprovada como uma boa prática a ser replicada em outros tribunais.
O juiz Renato Esmeraldo Paes, coordenador do Núcleo 4.0 – Execuções Fiscais, onde a ferramenta é utilizada durante várias etapas processuais, explica que o Clóvis tem papel fundamental na celeridade dos atos, atuando como aliado dos servidores.
“Desde o despacho inicial até o arquivamento dos autos, essas automações via robô se mostram eficazes e ágeis. Importante salientar a segurança com que as atividades são realizadas, inclusive com a possibilidade de serem auditadas, uma vez que os robôs emitem relatórios de todos os processos e cliques feitos quando acionados”, ressalta o magistrado.
A atuação do robô não interfere no trabalho desenvolvido pelo servidor, pois a ferramenta roda numa aba que pode ser minimizada sem interferir na execução. Dessa forma, o servidor prossegue com suas atividades numa janela paralela.
Além do “Clóvis”, somente a VitórIA, ferramenta de Inteligência Artificial do Supremo Tribunal Federal (STF) que permite análise conjunta de processos similares, conquistou a condição de Boa Prática nesta edição do Fórum.
No TJCE, o projeto envolveu equipes do Núcleo 4.0 – Execuções Fiscais e do Projeto de Robotização, Automação e Aprimoramento de Processos de Trabalho. Também contou com a colaboração do Programa Cientista Chefe, uma iniciativa da Fundação Cearense de Apoio ao Desenvolvimento Científico e Tecnológico (Funcap).
*Com informação TJCE