Se há um super-herói que se destaca na história do cinema, especialmente entre aqueles oriundos dos quadrinhos, esse é, indiscutivelmente, Christopher Reeve, o interprete mais famoso do Super-Homem.
Felizmente, o documentário que conta toda a sua história, Super/Man: A História de Christopher Reeve, recebeu uma aclamação significativa no Festival de Sundace, o que fez com que a Warner, que não era a produtora original, comprasse os direitos de distribuição por 15 milhões de dólares, um montante considerável para o gênero documentário. Sem isso, o trabalho não teria sua estreia.
O curioso é que este é, portanto, o primeiro filme oficial dos DC Studios sob a direção de James Gunn, que também irá comandar o próximo longa do personagem, previsto para o verão de 2025.
O filme
A compra ocorreu pois a obra, dirigida por Ian Bonhôte e Peter Ettedgui, em resumo, é excepcional, emocionante, bem estruturado e repleta de elementos que muitos desconheciam, um verdadeiro deleite para os fãs do ator e de seus filmes.
No documentário, somos apresentados a uma série de entrevistas que exploram o que Reeve realizou após o trágico acidente que o deixou tetraplégico. Logo, a montagem, que não se restringe a uma linha cronológica, entrelaça cenas do Superman com episódios da vida do ator, desvelando suas histórias pessoais, relacionamentos, desafios enfrentados nos estúdios e a maneira como ele se sentiu aprisionado pelo personagem até o momento do acidente, que também o aprisionou por muitos anos.
Dito isso, o uso de material é impressionante, incluindo vídeos caseiros, áudios, diários e entrevistas que evidenciam o impacto que ele teve na vida das pessoas ao seu redor. Essas entrevistas, carregadas de emoção, ressaltam as superações que ele vivenciou.
Ademais, a obra também encontra tempo para criticar a forma como Hollywood frequentemente aprisiona os astros a um único papel, mesmo quando possuem talento para explorar outras facetas, como foi o caso de Reeve. Com uma duração de uma hora e quarenta minutos, o documentário aborda com maestria a carreira de Hollywood em contraste com os desafios pessoais do ator.
Outro aspecto notável é a representação de Reeve como um ativista fervoroso em defesa das pessoas que enfrentam dificuldades semelhantes. Seu relacionamento com Dana Reeve é igualmente fundamental, revelando como a família se adaptou a essa nova realidade. É impossível não se emocionar ao abordar esse ponto.
Por fim, o acidente não é apresentado como o fim de sua vida; o filme acerta ao não explorar a dor como forma de provocar lágrimas, mas sim ao ilustrar como a esperança pode nos salvar. Não tenho outra orientação… vejam esse filme.
Confira a crítica no Cine Amora: