
💡 O movimento
Depois de meses de tensão, Luiz Inácio Lula da Silva fez uma videochamada “amigável” com Donald Trump. O presidente brasileiro pediu o fim das tarifas de 50% sobre produtos do Brasil e a retirada de sanções contra autoridades do país. Os dois trocaram números pessoais para um canal direto de conversa.
⚖️ O pano de fundo
As relações entre Brasília e Washington se deterioraram quando Trump pressionou o governo brasileiro a interferir no julgamento de Jair Bolsonaro — condenado em setembro a 27 anos de prisão por tentativa de golpe após perder a eleição de 2022. A pressão incluiu sanções, cancelamento de vistos e tarifas que afetam exportações brasileiras.
📊 O que muda
A ligação é o primeiro gesto concreto de aproximação desde que Trump voltou à Casa Branca em janeiro. Ele elogiou Lula após encontro rápido na ONU e agora fala em ampliar negócios. Lula aposta na reabertura do canal direto para recuperar espaço econômico e reduzir atritos que afetaram comércio e investimentos.
🌎 O tabuleiro internacional
Analistas veem espaço para uma ponte em outro front: o Haiti. Os EUA articulam uma força internacional para enfrentar gangues no país caribenho — e o Brasil já liderou missão semelhante entre 2004 e 2017. Um eventual retorno brasileiro poderia render a Lula capital diplomático e boa vontade com Trump.
📌 Por que importa
O gesto mostra que, apesar do peso do caso Bolsonaro e da retórica dura recente, Brasília e Washington testam caminhos para retomar um diálogo pragmático — com comércio, tarifas e liderança regional no centro da mesa.