
O fato: O mais recente levantamento do Paraná Pesquisas, divulgado nesta segunda-feira (30/06), revela que a maioria esmagadora dos brasileiros está sentindo o peso da inflação no supermercado: 71,4% dos entrevistados afirmam que os preços dos produtos subiram desde o início do governo Lula, em janeiro de 2023.
A pesquisa: Segundo o instituto, apenas 17,2% acreditam que os preços permaneceram estáveis e 9,4% percebem alguma queda. Outros 2,1% não souberam ou preferiram não opinar. A pesquisa foi realizada entre os dias 18 e 22 de junho, com 2.020 eleitores nos 26 estados e no Distrito Federal. A margem de erro é de 2,2 pontos percentuais, com um grau de confiança de 95%.
Além da percepção geral, o levantamento também trouxe um símbolo da retórica eleitoral de 2022 de volta ao debate: a picanha. Para 33,2% dos brasileiros, o preço do corte bovino está “muito mais alto” no atual governo. Outros 16,8% avaliam que ficou “um pouco mais alto”. Já 21,7% dizem que o valor se manteve igual ao período da gestão Bolsonaro.
Na direção oposta, 14,1% acreditam que o preço está “um pouco mais baixo”, e apenas 3,8% enxergam uma queda significativa, dizendo que a picanha está “muito mais barata”. Um contingente de 10,5% não soube ou não se lembrou da variação.
Detalhes: Dados oficiais do IBGE divulgados em junho mostram que, nos últimos 12 meses, a picanha acumulou inflação de 15,6%. O número é mais um indicador da pressão nos preços dos alimentos, fator que segue como um dos principais desafios do governo federal diante do impacto direto sobre o orçamento das famílias.