Febraban propõe força-tarefa para avaliar impacto das apostas virtuais sobre a renda das famílias

COMPARTILHE A NOTÍCIA

Jogos online de azar. Foto: wavebreakmedia/Shutterstock

O fato: A Federação Brasileira de Bancos (Febraban) estuda a criação de uma força-tarefa para analisar os impactos das apostas virtuais sobre a renda das famílias brasileiras. A proposta incluiria a participação de representantes do governo, setor produtivo e instituições financeiras, abrangendo áreas como defesa do consumidor, prevenção à lavagem de dinheiro e benefícios sociais, como o Bolsa Família.

O contexto: O presidente da Febraban, Isaac Sidney, destacou a importância de uma análise detalhada sobre o impacto das apostas online. “Estamos cogitando propor ao governo uma força-tarefa multigovernamental e multissetorial para aprofundar os impactos da atividade das bets no Brasil. É importante que se tenha um diagnóstico preciso”, disse Sidney, após uma reunião com o ministro da Fazenda, Fernando Haddad.

O encontro teve como objetivo discutir o endividamento crescente causado por jogos de azar online, mas terminou sem decisões concretas. Sidney reforçou que a Febraban não tem como função propor políticas públicas, mas enfatizou a preocupação da entidade com a saúde financeira das famílias brasileiras. “Nossa preocupação é com as medidas de prevenção para o superendividamento”, afirmou.

Pix: Entre as propostas discutidas, está a suspensão temporária do Pix como meio de pagamento das apostas virtuais, até que uma regulamentação definitiva entre em vigor, prevista para janeiro de 2024. “Enquanto não há uma regulamentação que autorize todas as empresas de apostas online, que haja um freio. Temos defendido que os meios instantâneos de pagamento, como o Pix, possam ser temporariamente suspensos para a realização de apostas”, explicou Sidney.

Embora a Febraban afirme que a ideia de restringir o Pix é uma opinião pessoal de seu presidente, a questão já foi discutida entre os bancos pelo menos três vezes. Hoje, o Pix já é restrito em horários noturnos, das 20h às 6h, como medida de segurança.

Cartões de crédito: A Associação Brasileira das Empresas de Cartões de Crédito e Serviços (Abecs) também anunciou, nesta quarta-feira, a antecipação da proibição do uso de cartões de crédito para apostas virtuais. A medida, inicialmente prevista para janeiro de 2024, já está em vigor. No entanto, os cartões representam apenas uma pequena parte das transferências para plataformas de apostas, com o Pix sendo predominante, correspondendo a 95% dos pagamentos, de acordo com projeções do Ministério da Fazenda.

 

COMPARTILHE A NOTÍCIA

PUBLICIDADE

Confira Também

Leão XIV: O “Latino Yankee” que chegou ao trono de Pedro

O novo rosto do catolicismo global; Conheça a trajetória de Robert Francis Prevost

Redata: novo regime federal para data centers quer atrair R$ 2 tri e exige reação estratégica do Ceará

Caiu pela omissão: Lupi sai da Previdência no rastro da fraude bilionária

Pressão máxima sobre Lupi: 85,3% querem demissão após escândalo no INSS

Fuga dos milionários: Brasil perde 800 endinheirados em 2024 — destino preferido é Portugal

Mercado de internet é a nova boca de fumo das facções, mas o problema vai além

De Pio XII a Francisco: os papas entre as gerações; Conheça o papa de seu tempo

A última fala de Francisco é um chamado pela liberdade; Ou democratas do mundo, uni-vos!

O legado de Francisco: o Papa que abriu janelas

O contrato social e econômico de Trump: a marcha da insensatez

Chagas Vieira entra no jogo e embaralha o xadrez governista

MAIS LIDAS DO DIA

Tempo e espaço. Por Angela Barros Leal

Cesta básica pressiona renda em 15 capitais e carne sobe 29% em Fortaleza

Senado aprova ampliação das cotas em concursos públicos; texto segue para sanção de Lula

Poupança tem novo saldo negativo e acumula R$ 52,1 bilhões em saques no ano

Foto: Marcello Casal/Agência Brasil

INSS inicia devolução de R$ 292 milhões a aposentados lesados por descontos ilegais

O foco inusitado no Senado; Por Ricardo Alcântara

Mais deputados, mais despesas: o custo silencioso da “redistribuição democrática”