Após os primeiros movimentos de acomodação das forças que agora atuam no quadro polarizado de segundo turno, a nova rodada de pesquisas publicada era bastante aguardada.
Nessas sondagens, o mesmo quadro do início desta fase: André Fernandes e Evandro Leitão estão em condição de empate técnico dentro da margem de erro admitida por método em todas elas.
Os aliados de Evandro devem comemorar a paridade nessas pesquisas, embora seja sempre um cenário angustiante, quando já se inicia a contagem regressiva para a votação. Há bons motivos para isso.
O primeiro: as outras forças em disputa no primeiro turno se foram de mala e cuia para o lado oponente – um lote de 21% de eleitores em seu potencial máximo, e hipotético, de transferência.
Se a adesão de Capitão Wagner recompôs a unidade do campo conservador, a do ex-prefeito Roberto Cláudio emprestaria ao candidato bolsonarista um selo de credibilidade que ele não tem.
De nada adiantou. Como igualmente insuficiente foi o acréscimo no tempo de propaganda em rádio e televisão, agora igual para ambos, ao contrário de antes, o que não foi impulso algum para abrir vantagem.
O previsível em um cenário habitual seria o crescimento nas intenções de votos do candidato bolsonarista com o aporte de apoios e tempo de propaganda. E o que se deu? Nada.
Evandro se igualou a um candidato que colocara sobre ele uma vantagem de 6% de votos e conseguiu, apesar dos fatos novos, mais favoráveis a seu adversário, se manter em condições de disputa.
Nenhuma avaliação objetiva poderia ir além da constatação de que o jogo não está jogado, mas a candidatura lulista mostrou-se resiliente, a despeito de algumas limitações, na disputa, de campos políticos bem delimitados.
A decisão tende a ficar mesmo para a prorrogação. E para ficar nas metáforas esportivas, vale o clichê dos comentaristas da bola: a partida deverá ser decidida nos detalhes.
PS: As pesquisas mencionadas são dos institutos Atlas/Intel, DataFolha e Quaest.
