Exportações do agronegócio brasileiro atingem US$ 164,37 bilhões em 2024, segunda maior marca da história

COMPARTILHE A NOTÍCIA

O fato: As exportações brasileiras de produtos do agronegócio totalizaram US$ 164,37 bilhões em 2024, uma redução de 1,3% (US$ 2,18 bilhões) em comparação a 2023, conforme divulgado pelo Ministério da Agricultura. Apesar da retração, o resultado foi o segundo maior da série histórica, refletindo a resiliência do setor diante da queda de 4,6% nos preços de produtos exportados, parcialmente compensada pelo aumento de 3,4% no volume exportado.

“O setor manteve seu protagonismo ao responder por metade das exportações totais do País, com resultados que refletem esforços de diversificação de produtos e mercados internacionais”, destacou Luís Rua, secretário de Comércio e Relações Internacionais.

Entre os destaques positivos estiveram os aumentos nas exportações de carnes (+11,4%), produtos florestais (+21,2%), café (+52,6%) e o complexo sucroalcooleiro (+13,3%). Outros segmentos, como fibras têxteis, hortícolas e derivados de cacau, também registraram expansão.

Produtos como açúcar, café verde, algodão, carne suína in natura, bois vivos e feijões alcançaram recordes históricos em valor e volume exportados. O complexo soja, maior responsável pelas exportações do setor, gerou US$ 53,9 bilhões, seguido por carnes (US$ 26,2 bilhões) e o complexo sucroalcooleiro (US$ 19,7 bilhões).

Principais mercados: A China permaneceu como o principal destino dos produtos do agronegócio brasileiro em 2024, com US$ 49,7 bilhões em compras, embora tenha registrado queda de 17,5% em relação a 2023. A soja em grão representou a maior parte das exportações para o país asiático, com US$ 31,5 bilhões.

Os Estados Unidos foram o segundo maior mercado, com US$ 12,1 bilhões (+23,1%), impulsionados por vendas de café verde, celulose, carne bovina in natura e suco de laranja. Países Baixos, Egito, Emirados Árabes e Bélgica também registraram crescimento expressivo como destinos do agro brasileiro.

Balança comercial e perspectivas para 2025: As importações de produtos agropecuários cresceram 16,2%, somando US$ 19,3 bilhões em 2024. O saldo da balança comercial do setor fechou positivo em US$ 145,07 bilhões.

O ministro Carlos Fávaro destacou a projeção de safra recorde de grãos em 2025, estimada em 322,42 milhões de toneladas pela Conab, como fator-chave para o incremento das exportações. “Com recordes esperados na produção e esforços na abertura de mercados, o agronegócio deve atingir novos patamares em volume e valor exportado neste ano”, afirmou.

COMPARTILHE A NOTÍCIA

PUBLICIDADE

Confira Também

Leão XIV: O “Latino Yankee” que chegou ao trono de Pedro

O novo rosto do catolicismo global; Conheça a trajetória de Robert Francis Prevost

Redata: novo regime federal para data centers quer atrair R$ 2 tri e exige reação estratégica do Ceará

Caiu pela omissão: Lupi sai da Previdência no rastro da fraude bilionária

Pressão máxima sobre Lupi: 85,3% querem demissão após escândalo no INSS

Fuga dos milionários: Brasil perde 800 endinheirados em 2024 — destino preferido é Portugal

Mercado de internet é a nova boca de fumo das facções, mas o problema vai além

De Pio XII a Francisco: os papas entre as gerações; Conheça o papa de seu tempo

A última fala de Francisco é um chamado pela liberdade; Ou democratas do mundo, uni-vos!

O legado de Francisco: o Papa que abriu janelas

O contrato social e econômico de Trump: a marcha da insensatez

Chagas Vieira entra no jogo e embaralha o xadrez governista

MAIS LIDAS DO DIA

Tempo e espaço. Por Angela Barros Leal

Cesta básica pressiona renda em 15 capitais e carne sobe 29% em Fortaleza

Senado aprova ampliação das cotas em concursos públicos; texto segue para sanção de Lula

Poupança tem novo saldo negativo e acumula R$ 52,1 bilhões em saques no ano

Foto: Marcello Casal/Agência Brasil

INSS inicia devolução de R$ 292 milhões a aposentados lesados por descontos ilegais

O foco inusitado no Senado; Por Ricardo Alcântara

Mais deputados, mais despesas: o custo silencioso da “redistribuição democrática”