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O fato: O mercado financeiro aumentou a projeção para a inflação oficial do Brasil em 2025. Segundo o Boletim Focus, divulgado nesta segunda-feira (24) pelo Banco Central (BC), a previsão para o Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) subiu de 5,6% para 5,65%, marcando a 19ª elevação consecutiva da estimativa.
Inflação e projeções futuras: A expectativa para 2026 também aumentou, passando de 4,35% para 4,4%. Para 2027 e 2028, as previsões são de 4% e 3,79%, respectivamente.
A projeção para 2025 extrapola o teto da meta de inflação definida pelo Conselho Monetário Nacional (CMN), que é de 3%, com margem de 1,5 ponto percentual para cima ou para baixo. Assim, o limite máximo aceitável seria 4,5%, abaixo da projeção atual do mercado.
Em janeiro de 2025, o IPCA teve alta de 0,16%, o menor resultado para o mês desde 1994, antes da implementação do Plano Real. A desaceleração foi impulsionada pelo Bônus Itaipu, que reduziu o valor da conta de luz de milhões de brasileiros. Apesar disso, no acumulado de 12 meses, a inflação ainda está em 4,56%.
Selic e impacto na economia: Para conter a inflação, o Banco Central mantém a taxa Selic em 13,25% ao ano. Na última reunião do Comitê de Política Monetária (Copom), o BC decidiu aumentar novamente os juros, consolidando um ciclo de aperto monetário. A previsão do mercado é que a taxa suba para 15% até o final de 2025.
Para os anos seguintes, as estimativas apontam para uma redução gradual da Selic:
•2026: 12,5% ao ano
•2027: 10,5% ao ano
•2028: 10% ao ano
A elevação dos juros tem o objetivo de desaquecer a demanda, tornando o crédito mais caro e incentivando a poupança. No entanto, isso também pode dificultar a expansão da economia.
PIB e cotação do dólar: A projeção do mercado financeiro para o crescimento do Produto Interno Bruto (PIB) se manteve em 2,01% para 2025. Para os anos seguintes, a expectativa é de:
•2026: 1,7%
•2027 e 2028: 2%
O IBGE divulgará o resultado oficial do PIB de 2024 no dia 7 de março. No terceiro trimestre do ano passado, o PIB brasileiro cresceu 0,9% em relação ao trimestre anterior, acumulando alta de 3,3% de janeiro a setembro.
A previsão para a cotação do dólar no fim de 2025 está em R$ 5,99, e para 2026, em R$ 6,00.