Percepção econômica piora sob governo Lula, aponta pesquisa

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O fato: A avaliação da situação econômica do país segue deteriorando sob o governo do presidente Luiz Inácio Lula da Silva. É o que revela a nova pesquisa do Instituto Paraná Pesquisas, realizada entre 16 e 19 de abril de 2025, em todos os estados e no Distrito Federal. Segundo os dados, 36,8% dos brasileiros afirmam que a situação financeira de sua família piorou desde o início do atual mandato. Apenas 18,9% dizem ter melhorado, enquanto 42,7% afirmam que tudo permanece igual. Em julho de 2024, a percepção negativa era de 25,5%, indicando um crescimento de mais de 11 pontos percentuais em nove meses.

Poder de compra: A queda no poder de compra é refletida na percepção sobre os preços dos produtos no supermercado. Para 73,7% dos entrevistados, os preços aumentaram desde a volta de Lula ao Planalto. Em janeiro deste ano, o percentual era de 65,7%. A tendência de alta nos preços é praticamente consensual entre os diversos segmentos analisados, atingindo 77% entre os jovens de 25 a 34 anos e 78,5% na região Sul. Evangélicos lideram o pessimismo: 83,7% deles dizem que os preços aumentaram, e 77,9% não acreditam em melhora até o fim do mandato.

Perspectivas futuras: A pesquisa também mostra desconfiança quanto ao futuro: 68,4% dos brasileiros não acreditam que a maioria da população conseguirá comprar “picanha e cerveja com mais facilidade” até o fim do governo Lula — promessa simbólica da campanha de 2022. A descrença é mais acentuada entre os eleitores com ensino médio e superior (acima de 73%) e entre os moradores das regiões Norte, Centro-Oeste e Sul, onde o índice de ceticismo passa dos 70%.

Detalhes: A deterioração da percepção econômica pressiona o Palácio do Planalto a entregar resultados concretos. Com a inflação percebida alta e o pessimismo sobre o futuro, o governo Lula chega à metade do mandato com um ambiente social adverso, que pode ter reflexos diretos nas eleições municipais de 2026 e na sucessão presidencial.

A pesquisa ouviu 2.020 eleitores em 160 municípios e tem margem de erro de 2,2 pontos percentuais.

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