Serviços crescem pelo quarto mês seguido e atingem nível recorde, puxados por alta no emprego e consumo

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O fato:  O setor de serviços, o maior empregador da economia brasileira, manteve sua trajetória de crescimento e avançou 0,1% em maio, na comparação com abril. É o quarto mês seguido de alta e, com isso, o segmento volta a atingir o ponto mais alto da série histórica, igualando o desempenho de outubro de 2024, segundo dados da Pesquisa Mensal de Serviços (PMS), divulgada nesta sexta-feira (11) pelo IBGE.

Com o resultado, os serviços acumulam alta de 1,6% desde fevereiro e já estão 17,5% acima do nível pré-pandemia de fevereiro de 2020. Na comparação com maio do ano passado, o setor cresceu 3,6% e avança 3% no acumulado de 12 meses.

Setores em destaque: O crescimento em maio foi sustentado principalmente por serviços profissionais e administrativos (+0,9%), que englobam desde empresas de engenharia até agências de publicidade e plataformas de e-commerce. Também houve expansão nos serviços de informação e comunicação (+0,4%) e nos chamados “outros serviços” (+1,5%).

Por outro lado, houve recuo nos serviços prestados às famílias (-0,6%), grupo que inclui salões de beleza, restaurantes e academias, e também nos transportes, armazenagem e correio (-0,3%).

Efeito emprego e massa salarial: De acordo com Rodrigo Lobo, analista da pesquisa, o bom desempenho do setor está ligado diretamente à melhora no mercado de trabalho. “Quanto maior a massa salarial e menor o desemprego, maior o consumo de serviços”, explica.

Dados recentes do IBGE confirmam esse cenário: a taxa de desemprego recuou para 6,2% até maio, a menor para o período desde 2012. A massa de rendimentos e o rendimento médio também bateram recordes, impulsionando a demanda por serviços em diversas frentes.

Turismo desacelera, mas segue em alta no ano: O Índice de Atividades Turísticas (Iatur) teve leve retração de 0,7% em maio, após forte avanço de 3,2% em abril. Apesar da oscilação pontual, o turismo cresceu 9,5% em relação a maio de 2024 e acumula alta de 6% em 12 meses. O setor está 12,4% acima do nível pré-pandemia e apenas **1,1% abaixo do recorde histórico registrado em dezembro de 2024.

O desempenho positivo se deve ao avanço em atividades como transporte aéreo de passageiros, hotéis, serviços de bufê e reservas de hospedagem.

Economia em ritmo desigual: A PMS fecha o ciclo de divulgação dos indicadores de conjuntura do IBGE. Nesta semana, o instituto já havia apontado queda de 0,5% na produção industrial e recuo de 0,2% no comércio varejista em maio. Ainda assim, ambos os setores mantêm crescimento no acumulado de 12 meses: 2,8% para a indústria e 3% para o varejo, contra 3% nos serviços.

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