
O fato: O Ceará registrou o primeiro foco de gripe aviária de alta patogenicidade (H5N1) em aves de subsistência. O caso foi confirmado na última quinta-feira (17) em Quixeramobim, no Sertão Central, pela Agência de Defesa Agropecuária do Estado (Adagri), após análise feita pelo Laboratório Federal de Defesa Agropecuária, em Campinas (SP).
As aves contaminadas estavam em uma criação de fundo de quintal, voltada apenas para o consumo próprio do criador. A propriedade foi interditada, e as aves, submetidas a saneamento e eutanásia, conforme as medidas previstas no Plano Nacional de Contingência para a Influenza Aviária.
Uma investigação complementar está em andamento em um raio de 10 km da área afetada, com o objetivo de identificar possíveis ligações com outras criações e evitar a disseminação do vírus.
Risco controlado: A Adagri reforça que não há risco para o consumo de carne de frango ou ovos, seja de estoques residenciais ou comprados em pontos de venda. A transmissão da gripe aviária não ocorre por meio da ingestão desses produtos, segundo as autoridades sanitárias.
Situação nacional
Com a confirmação em Quixeramobim, o Brasil soma 181 casos de influenza aviária altamente patogênica em 2024, distribuídos da seguinte forma:
- 172 em aves silvestres
- 8 em aves de subsistência
- 1 em ave comercial
Todos os focos registrados até agora estão sob controle sanitário. O país permanece com status de livre de gripe aviária na produção comercial, condição importante para manter exportações e a segurança alimentar interna.