Até onde chegam a perversidde e a peversão do homem e da mulher brasile? Por Paulo Elpídio

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Alisando os bancos do curso de direito, ao tempo de aluno, não fui influenciado pelos meus professores na área criminal. Não que lhes faltassem competência e talento. Eram os melhores advogados de Fortaleza: Gomes de Matos, José Cardoso de Alencar, Luiz Cruz de Vasconcelos , Olavo Oliveira notabilizaram-se nas lides do Júri. Foram celebrados justamente pelos alunos e pelos juízes. É que cedia à sedução, aluno ainda, do encantamento da área do direito público. Fui atraído sem resistência pela Teoria Geral do Estado e pelo Direito Constitucional. Terminaria cooptado pela Ciência Política, do outro lado da prática jurídica.

Tenho alimentado a minha curiosidade pelo casos mais notórios do direito penal, não como especialista mas como curioso, confesso as minhas limitações.

Na televisão, os jornais parecem terem sido abduzidos pelo crime comum e pelo crime político e ideológico. Os comentaristas, destituídos do conhecimento necessário para o entendimento das matérias objeto do seu comentário, nada mais são do que repórteres em descompasso com o jornalismo criminal. São, na maioria, cronistas penitenciários.

Mas não é esse agravo de condição que preocupa a audiência de curiosos do horário. Espanta ou deveria espantar os especialistas, delegados ou professores, a tônica central dos casos, a maldade, a perversidade que desenham e marcam a amplitude do mal e o nível de criminalidade corrente.

Os episódios, mostrados na tela e nas narrativas ouvidas, as causas e circunstâncias demonstradas, poderiam ou deveriam constar de um levantamento cuidadoso a ser conduzido por profissionais experientes, nas faculdades ou na mídia,

Os atos criminosos, classificados em um elenco robusto e variado por ações que levam assassinato, expõem a perversidade de atentados, no maior das vezes, bem sucedidos. Morte por motivação hedionda, estupro qualificado, infanticidio e feminicídio por razão torpe, por desvio se…

Que tipo de análise e avaliação poderia ser feita, como chegar à categorização dos impulsos e das circunstâncias? Estatisticamente, qual o índice de violência poderia ser fixado, comparativamente com outros países, em níveis diferentes de gravidade? Somos, segundo medição apropriada, mais violentos ou menos perversos do que os criminosos de outros países?

Onde, em país civilizado, se rouba a fiação pública habitualmente, com a eficiência que falta aos serviços de iluminação pública? Onde se rouba o celular de um idoso indefeso para assassiná-lo em seguida? Onde se vê um assaltante enraivecer-se com a pobreza minimalista de um pobre transeunte e desferir-lhe tiros bem cravados à queima-roupa?

Na África, em Cuba, na China, na Ásia?

Por que?

Paulo Elpídio de Menezes Neto é articulista do Focus, cientista político, membro da Academia Brasileira de Educação (Rio de Janeiro), ex-reitor da UFC, ex-secretário nacional da Educação superior do MEC, ex-secretário de Educação do Ceará.

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