Banco do Brasil bate recorde de lucro em 2024 e projeta crescimento para 2025

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Edifício sede do Banco do Brasil, em Brasília.

O fato : O Banco do Brasil (BB) registrou um lucro líquido ajustado recorde de R$ 37,9 bilhões em 2024, crescimento de 6,6% em relação ao ano anterior. No quarto trimestre, o lucro somou R$ 9,6 bilhões, alta de 1,5% frente ao mesmo período de 2023.

Fatores de crescimento: O desempenho foi impulsionado pelo aumento da margem financeira bruta (+11,2%), avanço das receitas com prestação de serviços (+4,9%) e controle das despesas administrativas, que cresceram 4,4%, abaixo da inflação.

Carteira de crédito em expansão

A carteira de crédito ampliada do BB atingiu R$ 1,3 trilhão em 2024, alta de 15,3% em relação a 2023. Os principais segmentos tiveram crescimento expressivo:

  • Pessoas físicas: avanço de 7,3%, alcançando R$ 336 bilhões, com destaque para o crédito consignado (+9,8%).
  • Empresas: expansão de 18%, totalizando R$ 461,1 bilhões.
  • Agronegócio: recorde de R$ 397,7 bilhões, crescimento de 11,9% em 12 meses.

A carteira de negócios sustentáveis também cresceu, chegando a R$ 386,7 bilhões (+12,7%), representando 30% do crédito total do banco.

Aumento na inadimplência: O índice de inadimplência acima de 90 dias subiu para 3,32% em dezembro, ante 2,92% no fim de 2023. Segundo o BB, o aumento foi impulsionado pelo agronegócio, impactado por desastres climáticos. Com isso, as provisões para crédito de liquidação duvidosa cresceram 16,9%.

Receitas e despesas sob controle: As receitas com prestação de serviços totalizaram R$ 35,5 bilhões (+4,9%), impulsionadas por consórcios (+17,4%), mercado de capitais (+16,7%) e administração de fundos (+11,6%). Já as despesas administrativas subiram 4,4%, somando R$ 37 bilhões, dentro das projeções do banco.

Perspectivas para 2025: O BB projeta lucro líquido ajustado entre R$ 37 bilhões e R$ 41 bilhões em 2025, além de crescimento da carteira de crédito entre 5,5% e 9,5%. As receitas com serviços devem ficar entre R$ 34,5 bilhões e R$ 36,5 bilhões, enquanto os gastos administrativos devem variar entre R$ 38,5 bilhões e R$ 40 bilhões.

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