Um levantamento publicado pela revista de negócios norte americana Fortune, mostra que metade dos líderes empresariais entendem que recém-formados não estão preparados para o mercado de trabalho; falta de iniciativa e profissionalismo são as principais queixas. Segue um resumo.
Os chefes reclamaram durante anos sobre a dificuldade de trabalhar com jovens da Geração Z, grupo de pessoas nascidas entre 1995 e 2010. Agora, muitos não estão mais dispostos a insistir: seis em cada dez empresas já demitiram parte dos recém-formados que contrataram nos últimos meses.
A pesquisa, realizada pela plataforma Intelligent.com com quase 1.000 líderes empresariais nos EUA, mostra que os desafios enfrentados com a nova geração de profissionais estão afetando as decisões de contratação. Um em cada seis empregadores está hesitante em contratar recém-formados novamente, e um em sete admite que pode evitá-los completamente no próximo ano.
Por que importa?
• Futuro incerto para jovens profissionais: Se a tendência continuar, a Geração Z pode enfrentar mais dificuldades para ingressar no mercado de trabalho e construir carreiras sólidas.
• Mudança na mentalidade das empresas: Algumas corporações já repensam suas estratégias de recrutamento, dando mais peso à atitude e ao comportamento profissional do que às credenciais acadêmicas.
• Desafio para universidades: Instituições de ensino começam a adaptar currículos para incluir habilidades práticas e comportamentais, preparando melhor os alunos para o ambiente corporativo.
O que está dando errado?
A principal queixa dos empregadores é a falta de motivação e iniciativa dos recém-formados. Segundo a pesquisa:
• 50% dos líderes empresariais apontam que os jovens não demonstram proatividade no trabalho.
• Outras críticas incluem falta de profissionalismo, desorganização e dificuldades de comunicação.
• Há desafios mais práticos: atrasos frequentes, vestimenta inadequada para o ambiente corporativo e uso de linguagem inapropriada.
O problema é tão sério que mais da metade dos gestores acredita que os recém-formados não estão preparados para o mundo do trabalho. Além disso, 20% dos entrevistados dizem que os jovens não conseguem lidar com a carga de trabalho esperada.
Vá mais fundo
➡️ A resposta das universidades
Instituições de ensino já tentam reagir. A Universidade Estadual de Michigan incluiu aulas sobre como se portar em eventos de networking, ensinando até mesmo a identificar sinais de desinteresse em uma conversa.
Na Inglaterra, uma escola secundária começou a testar um dia letivo de 12 horas para preparar os alunos para as exigências do mundo do trabalho.