O essencial — Na Assembleia-Geral, Volodymyr Zelensky alertou para “a corrida armamentista mais destrutiva da história”, impulsionada por IA e drones, e cravou: “parar a Rússia agora é mais barato” do que tentar se defender depois. Pediu regras globais para o uso militar da IA e disse que, no mundo real, “só amigos e armas” oferecem garantias.
Enquanto isso, a Dinamarca viveu a 2ª noite seguida de drones desconhecidos sobre aeroportos civis e bases militares — Aalborg foi fechado por horas; Copenhague já havia sido paralisado dias antes. O governo fala em “ataque híbrido” e a OTAN acompanha a sério.
Por que importa
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Guerra sem cogumelo nuclear: a combinação IA + drones baratos + autoria opaca cria um caminho para o caos estratégico sem ogivas — o “armagedom low-cost”.
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Custo assimétrico: um quadricóptero interrompe hubs aéreos, desloca caças e gera prejuízos milionários — defender é caríssimo, atacar é barato.
Veja aqui detalhes de um impressionante ataque por drones da Ucrânia em território russo
Entrelinhas
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Dissuasão no varejo: a frase “amigos e armas” traduz a volta da defesa distribuída (radares, jammers, contra-drones) — e não só de ogivas estratégicas.
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Infra sob teste: Aalborg (uso civil e militar) virou laboratório de como paralisar logística com enxames táticos e autonomia crescente.
O que observar já
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Regras de engajamento para derrubar drones sobre infraestrutura crítica e integração OTAN-UE em sensores e resposta.
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Debate sobre “Tratado de IA em armas” após o recado na ONU — tema que tende a sair da retórica para a mesa de negociação.
Linha de chegada: Sem cogumelos no céu, o mundo já ensaia um armagedom de baixo custo — invisível no radar, visível na fatura. E, como disse Zelensky, o relógio corre mais rápido que a capacidade de defesa.