Entre paixões, prefiro as virtudes.
Após uma eleição marcada pela polarização, Fortaleza escolheu um novo prefeito com uma diferença mínima de apenas 10.838 votos votos. Esse resultado apertado revela uma cidade politicamente dividida, onde emoções e paixões ainda estão à flor da pele.
No cenário político atual, não basta apenas habilidade técnica e políticas eficazes; é preciso, sobretudo, a prática de virtudes fundamentais (Pequeno tratado das grandes virtudes, André Comte-Sponville) para guiar líderes empresariais, lideranças populares e o prefeito eleito na tarefa de promover estabilidade, crescimento e unidade.
A generosidade exige que as empresas coloquem o bem comum acima de seus interesses, assumindo a responsabilidade social para ajudar a construir uma Fortaleza mais justa e inclusiva. A tolerância permite aceitar e respeitar as diferenças, essenciais para líderes populares que incentivam o entendimento entre grupos diversos.
A prudência orienta o prefeito a tomar decisões ponderadas, evitando posturas que aprofundem divisões. A responsabilidade leva o setor privado a agir com ética e transparência, consciente de seu impacto na sociedade, enquanto a compaixão permite aos líderes populares enxergarem além das disputas, incentivando a empatia e o bem-estar de todos.
Coragem será necessária para o prefeito enfrentar desafios e resistências, mantendo-se firme no compromisso com o bem comum. Justiça é essencial tanto para o setor privado quanto para os líderes populares, garantindo que todos sejam tratados com equidade e respeito. Sinceridade fortalece a confiança da população, exigindo uma comunicação honesta do prefeito sobre decisões e desafios.
A fidelidade representa o compromisso do setor privado com a cidade e seu desenvolvimento sustentável, enquanto a paciência nos ensina que mudanças e entendimento não ocorrem instantaneamente — os líderes populares devem estimular essa virtude para promover um ambiente harmonioso. Finalmente, compaixão é vital para governar com sensibilidade e atenção às necessidades das minorias e dos mais vulneráveis.
Unir Fortaleza e promover seu desenvolvimento agora pertence a todos: governo, setor privado e sociedade civil. Apenas por meio de uma atuação coordenada e comprometida será possível superar a polarização e construir uma Fortaleza mais forte, inclusiva e resiliente.
