O fato: O governo federal apresentou um pacote de R$ 546,6 bilhões para impulsionar cadeias agroindustriais sustentáveis e digitais até 2029. Do total, R$ 296,3 bilhões virão do setor privado, enquanto R$ 250,2 bilhões serão disponibilizados em linhas de crédito público.
Entre as iniciativas está o Programa Nacional de Pesquisa e Inovação para a Agricultura Familiar e Agroecologia (PNPIAF), focado em transição agroecológica, preservação de biomas e sustentabilidade dos agroecossistemas.
Política industrial e prioridades: Os investimentos fazem parte da Missão 1 da Nova Indústria Brasil (NIB), política lançada em janeiro, que visa modernizar o parque industrial brasileiro e ampliar a autonomia produtiva em setores como agroindústria, saúde e tecnologia.
Prioridades incluem:
•Expansão do uso de agricultura de precisão e incentivo à produção nacional de drones;
•Adensamento da cadeia de fertilizantes e biofertilizantes para reduzir dependência externa;
•Fortalecimento da produção nacional de máquinas agrícolas e componentes.
Crédito e parcerias: O Banco do Brasil passa a integrar o Plano Mais Produção (P+P), somando R$ 101 bilhões em linhas de crédito e elevando o total da política industrial a R$ 507 bilhões. Outras instituições como BNDES, Caixa e Banco do Nordeste também participam.
Além disso, acordos foram assinados para:
•Ampliar a produção de fertilizantes, com parceria entre o Ministério da Agricultura e a Petrobras;
•Financiar uma nova fábrica de etanol de milho e sorgo no Maranhão, com R$ 600 milhões do Banco do Nordeste;
•Desenvolver tecnologias como a vacina de dose única contra doença de Glässer para suínos, por meio de contrato da Finep com a Ouro Fino Saúde Animal.
Metas para 2026 e 2033: A Missão 1 da NIB busca:
•Elevar o crescimento do PIB da agroindústria para 3% ao ano em 2026 e 6% ao ano em 2033;
•Ampliar a mecanização da agricultura familiar de 25% em 2023 para 28% em 2026 e 35% em 2033;
•Aumentar a tecnificação de 35% para 43% em 2026 e 66% em 2033.