O fato: O Índice Geral de Preços – Mercado (IGP-M) registrou deflação de 0,34% em março, após alta de 1,06% em fevereiro. A queda nos preços foi influenciada principalmente pelo recuo do minério de ferro no cenário internacional. No acumulado de 12 meses, o índice soma 8,58%.
Influência do minério de ferro: A retração do IGP-M foi puxada pelo Índice de Preços ao Produtor Amplo (IPA), que caiu 0,73% no mês. O destaque foi a queda de 3,64% no minério de ferro, impactado por preocupações com a guerra comercial global. O IPA representa 60% do cálculo do IGP-M.
Impacto para as famílias: O Índice de Preços ao Consumidor (IPC), que compõe 30% do IGP-M, subiu 0,80%, desacelerando em relação a fevereiro (0,91%). A queda nas passagens aéreas (-13,71%) e o recuo no grupo educação (-1,60%) ajudaram a conter o índice. No entanto, alimentos como ovos (+19,16%) e café em pó (+8,76%) exerceram pressão inflacionária.
Construção civil: O Índice Nacional de Custo da Construção (INCC), que tem peso de 10% no IGP-M, desacelerou para 0,38% em março, após alta de 0,51% em fevereiro. A variação menor nos custos de mão de obra (de 0,59% para 0,35%) contribuiu para esse movimento.
Inflação do aluguel: Conhecido como inflação do aluguel, o IGP-M é amplamente usado para reajustar contratos imobiliários e tarifas públicas. A coleta de preços pela FGV ocorre em sete capitais: Belo Horizonte, Brasília, Porto Alegre, Recife, Rio de Janeiro, São Paulo e Salvador.