Juro por Educação: aposta em formação técnica pode impulsionar economia e reduzir evasão
📚 O que aconteceu:
O ministro da Educação, Camilo Santana (PT), afirmou nesta quinta-feira (13) que o programa Juro por Educação fortalece a economia e diminui a evasão escolar, pois “os alunos ficam mais motivados por terem uma profissão no fim do ensino médio.”
Pelo programa, o governo federal deixa de receber uma parcela dos juros da dívida dos Estados para que esse dinheiro seja destinado à educação técnica.
“O foco da educação será o ensino técnico profissionalizante e desejamos alcançar nos próximos cinco anos o patamar da Organização para a Cooperação e Desenvolvimento Econômico (OCDE), que tem por volta de 36% de seus estudantes nessa forma de ensino.”
Atualmente, o país está com uma cobertura de 11% de alunos do ensino técnico no ensino médio, segundo Santana.
Para alcançar essa meta, o ministro afirma que pode ser possível parcerias com o Sistema S, universidades públicas e rede particular de ensino. “Em 2023, fizemos um levantamento que apontou que 80% dos alunos querem cursar o ensino médio integrado com uma formação técnica”, disse. “Com essa formação, o jovem pode ir com mais confiança na carreira que deseja seguir.”
⚙️ Por que importa:
- Investimento estratégico: A medida representa uma realocação de recursos públicos para um setor-chave: o capital humano. Mais jovens qualificados significam maior produtividade e melhor desempenho econômico a longo prazo.
- Combate à evasão: Ao tornar o ensino médio mais atrativo com uma formação técnica, o programa busca reduzir a evasão escolar e ampliar a inserção no mercado formal de trabalho.
- Impacto fiscal indireto: Apesar de abrir mão de parte da arrecadação com juros, o governo aposta em um retorno futuro com o aumento da formalização e da base de contribuintes.
- Meta desafiadora: Sair dos atuais 11% para 36% de cobertura em cinco anos exigirá não só recursos, mas articulação eficiente com o setor privado e melhorias na infraestrutura educacional.
🔎 O que observar:
- Camilo Santana põe na rua mais uma política de relevo, como é também o caso do pograma Pé-de-Meia. Do ponto de vista político, o ministro busca se credenciar como uma das opções para a sucessão de Lula, seja em 2026 ou 2030. Porém, ainda carece de representatividade popular no âmbito do país.