
O fato: A prévia da inflação oficial brasileira, medida pelo Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo 15 (IPCA-15), desacelerou em abril de 2025, registrando alta de 0,43%, abaixo dos 0,64% anotados em março. No acumulado do ano, o índice soma 2,43% e, nos últimos 12 meses, alcança 5,49%, acima dos 5,26% observados no período anterior.
No Ceará, a inflação segue em linha com a média nacional, mas apresenta particularidades relevantes. A Região Metropolitana de Fortaleza (RMF) teve variação de 0,34% em abril, repetindo o desempenho de março. O acumulado em 12 meses está em 4,95%, colocando Fortaleza com o sexto maior índice entre as 11 regiões pesquisadas pelo IBGE.
Pressão em alimentação e saúde: Dois grupos foram responsáveis por 88% da inflação registrada no IPCA-15 de abril: Alimentação e Bebidas (1,14%) e Saúde e Cuidados Pessoais (0,96%). O aumento no preço do tomate, que disparou 32,67%, puxou a inflação dos alimentos, seguido da alta de 0,77% na alimentação fora do domicílio. Já os reajustes nos medicamentos impactaram diretamente a saúde, com avanço de 1,51% nos itens de higiene pessoal.
No recorte regional, a RMF acompanhou essa dinâmica. Em Fortaleza, o grupo Saúde e Cuidados Pessoais subiu 1,10%, enquanto Despesas Pessoais avançaram 1,14%. Em contrapartida, Transportes (-0,50%), Habitação (-0,21%) e Comunicação (-0,11%) registraram quedas, ajudando a conter uma alta maior no índice geral.
Fortaleza no radar: Embora o cenário nacional aponte para uma desaceleração da inflação, Fortaleza permanece sob pressão em segmentos essenciais para o consumidor. A alta nos preços de alimentos e medicamentos afeta diretamente o orçamento das famílias, especialmente as de menor renda.