A morte faz parte do ciclo de vida de todos os seres vivos. Nós humanos temos certeza dos dois momentos mais importantes de nossa existência que é o nascer e o morrer. Entretanto, ao sabermos da morte de figuras importantes para a humanidade, devido a suas contribuições na política, na administração, na educação, na saúde, na economia, na tecnologia, na ciência, na religião, no desenvolvimento de melhores valores sociais e humanitários, nos mais variados espaços de nosso planeta, surge o ponto essencial de nossa inquietação: tais pessoas deveriam morrer?
A morte do Papa Francisco, na data de hoje (21/04/2025), nos traz a percepção de uma perda irreparável em diversos aspectos. Primeiramente, como figura humana desprovida de vaidades pessoais, seja no uso de símbolos religiosos (crucifixos, anéis, sapatos etc.) sem ostentações de ouro, pedras preciosas, usando trajes simples, morando em habitação coletiva, utilizando o refeitório coletivo.
Segundo, tendo como preocupações maiores cuidar da pobreza e do meio ambiente. Ele dizia que “não há democracia com fome, nem desenvolvimento com pobreza, nem justiça na desigualdade”. No que diz respeito ao meio ambiente, o Papa Francisco lançou a Carta Encíclica LAUDATO SI (24/05/2015), da maior importância, que traça uma posição forte e consistente para combater as mudanças climáticas. Na referida carta aborda temas relativos a: 1. Poluição e mudanças climáticas; 2. A questão da água; 3. Perda da biodiversidade; 4. Deterioração da qualidade de vida e degradação social; 5. Desigualdade Planetária; 6. Fraqueza das reações e 7. Diversidade de opiniões. Aborda outros temas, terminando com Algumas Linhas de Orientação e Ação.
Terceiro, levantou temas polêmicos, verdadeiros até então considerados tabus pela Igreja, tais como: cuidar das pessoas trans, papel da mulher, casamentos entre pessoas do mesmo gênero; participação nas cerimonias religiosas dos padres casados, combate a pedofilia no clero, dentre outros.
Quarto, promoveu ao cargo de cardeal um bom número de bispos da África e Ásia, visitou 68 países, estreitando o relacionamento com lideranças politicas mundiais, realizando a boa politica da convivência entre ideologias diferentes e, inclusive, com líderes de outras religiões.
Finalmente, o mundo perdeu o Papa das mudanças e inovações, o pacificador da Igreja Católica e o líder necessário ao combate da fome e das desigualdades socioeconômicas.
