Pesquisar
Pesquisar
Close this search box.

O direito do trabalhador desconectar: mais países aderem e Brasil avança com jurisprudência

COMPARTILHE A NOTÍCIA

Reproduzido de Ius Laboris


Contexto global:
Esta semana, a Austrália se juntou a um grupo crescente de países que concedem aos trabalhadores o “direito de se desconectar”, garantindo que não precisam responder a mensagens ou ligações fora do horário comercial ou horário de trabalho pré-estabelecido, exceto em emergências.

  • Por que é importante: A cultura de trabalho sempre ativa, particularmente entre trabalhadores do conhecimento, pode causar níveis prejudiciais de estresse, prejudicando a vida pessoal.
  • O que está acontecendo: Desde que a França liderou o movimento ao aprovar a primeira lei de desconexão em 2016, outras nações na Europa e América do Sul seguiram o exemplo. A pandemia acelerou esse movimento, com o aumento do trabalho remoto e a diluição das fronteiras entre casa e escritório.
  • Nos Estados Unidos: Não há uma lei similar, e é improvável que isso mude no curto prazo. Lá, o equilíbrio entre vida profissional e pessoal fica a cargo dos indivíduos e empregadores, com poucas iniciativas concretas de proteção por parte do governo.

O caso do Brasil:

  • Situação atual: O Brasil ainda não possui legislação específica sobre o direito de se desconectar. A lei 13.467/17, que regulamenta o teletrabalho, trouxe algumas regras, mas nada sobre a desconexão propriamente dita. No entanto, existe uma ampla jurisprudência que reconhece o direito à desconexão como fundamento para indenizações em casos de danos ao trabalhador.
  • Entrelinhas: Nas cortes brasileiras, o direito à desconexão é tratado como um controle “ex post” dos danos injustos causados pelo excesso de trabalho. A justiça trabalhista converte esses danos em um passivo da empresa, mas ainda não há uma regulamentação clara que garanta o direito preventivamente.
  • Nos tribunais: O Tribunal Superior do Trabalho (TST) tem reconhecido que jornadas que afetam o descanso e o lazer do trabalhador configuram dano existencial, abrindo precedentes para proteção judicial.
  • Próximos passos: Enquanto o debate sobre o direito à desconexão avança no mundo, o Brasil ainda precisa evoluir sua legislação para proteger efetivamente os trabalhadores e evitar danos à saúde mental e ao bem-estar social.

COMPARTILHE A NOTÍCIA

PUBLICIDADE

Confira Também

Fortaleza: Assim como Quaest, Datafolha capta movimento antecipado pela Focus/AtlasIntel

Animado por pesquisas, Lula grava pra Evandro e agenda ato em Fortaleza

Nova Quaest mostra que Focus/AtlasIntel antecipa a dinâmica do voto em Fortaleza

A nervosa dança das pesquisas eleitorais em Fortaleza

Em educação, Brasil investe menos de 1/3 da média da OCDE

A preciosa leitura de Andrei Roman, CEO da AtlasIntel, acerca da disputa de Fortaleza

É hoje: disputa de Fortaleza em estado de expectativa com nova pesquisa Focus Poder + AtlasIntel

Acaba a farra ESG enquanto a crise climática se agrava

A esquerda e o jornalismo estão tontos e não entendem fenômenos como Pablo Marçal

Focus Poder inova no Brasil com formato ‘Smart Brevity’ de notícias ágeis e diretas

Indústria dos “cortes” em vídeo: Lucro fácil, desinformação e realidade eleitoral paralela

Fortaleza: Assim como Datafolha, pesquisa Ideia diz que quase nada mudou em um mês

MAIS LIDAS DO DIA

Pablo Marçal. Foto: Divulgação/Redes Sociais

Sem citar nomes, Marçal diz que no debate estavam presentes 2 homens que são agressores

Elmano envia PL que assegura gratuidade no transporte intermunicipal e metroviário no dia das eleições

Campanha eleitoral de 2024 registra aumento de mais de 300% em denúncias de assédio eleitoral no primeiro turno

Apoio de Lula não impulsiona Boulos, e Nunes abre vantagem entre eleitores mais pobres, diz Datafolha

Brasil precisará formar 3 mil técnicos por ano para expandir produção de hidrogênio verde, aponta estudo

Impacto das apostas esportivas no Brasil levanta preocupações sobre endividamento e economia

Caucaia recebe o reforço de 200 novos soldados da Polícia Militar

Bolsonaro condena Marçal por comparar episódio de cadeirada com facada: ‘Lamentável’

STF retoma debate sobre ampliação do foro privilegiado para crimes cometidos no cargo