O feijão com arroz de Cid Gomes que resolveu a Transnordestina no trecho Ceará

COMPARTILHE A NOTÍCIA

Quando governador, Cid Gomes chegou a viajar duas vezes para coordenar mutirões de desapropação de terrenos que serão cortados pela Transnodestina no Ceará. No fim das contas, foi o que fez a diferença. Foto: Jefferson Rudy/Agência Senado

Por Fábio Campos
fabiocampos@focuspoder.com.br

Continua o chororô em Pernambuco por causa da decisão do Governo Federal de prosseguir com o ramal cearense das obras da Transnordestina e deixar o ramal de Suape em segundo plano. O esperneio não vem em forma de autocrítica ou do cuidado de se observar os reais motivos que justificaram a decisão por parte do Governo Federal e da empresa concessionária da Transnordestina. Decisão esta que é meramente técnica.

Por lá, o noticiário, que reflete o pensamento das forças políticas e econômicas do Estado vizinho, fez a opção de apontar motivações estranhas à técnica para justificar a decisão de seguir somente com as obras que ligam o entrocamento de Salgueiro, em Pernambuco, ao Pecém, engavetando, por enquanto, a ligação para Salgueiro-Suape.

Atira-se a esmo. Sempre erra-se o alvo.

A decisão da CSN/TLSA baseia-se em algo muito básico e impositivo para uma obra de infraestrutura econômica: a racionalidade. O trecho cearense (Missão Velha-Pecém) está livre de impedimentos ambientais. Além disso, toda a extensão por onde vai correr os trilhos já foi devidamente desapropriada. Os terrenos já estão nas mãos da União. Tudo a espera da obra, sem obstáculos legais ou ambientais.

Focus conversou com o senador Cid Gomes (PDT) a respeito. Quando governador, em pessoa, Cid se empenhou para resolver todas as questões. “Resolvemos tudo. Na área do Ceará, não há nenhum óbice para o prosseguimento das obras”, explica Cid. “Nem ao longo do trecho cearense e nem na área do porto do Pecém, destino final da Transnordestina”.

O raciocínio do senador é simples: a obra só pode prosseguir no ramal que está livre de impedimentos. “Na hora de tocar a obra, o caminho é seguir pelo trecho no qual não resta coisas a resolver. Seguir no trecho que oferece segurança jurídica para um investimento tão alto. Não é racional dar sequência numa obra que, mais adiante, mantém riscos de ser paralisada por questões não integralmente resolvidas”.

Sim, creiam, é esse o problema do ramal pernambucano. Fazer o dever de casa é obrigatório.

Leia também

Transnordestina vai seguir para o Pecém, Suape fica de fora e Pernambuco esperneia

 

COMPARTILHE A NOTÍCIA

PUBLICIDADE

Confira Também

Guararapes, Cocó e De Lourdes têm a maior renda média de Fortaleza. Genibaú, a menor

Moraes manda Bolsonaro para prisão domiciliar após vídeo em ato com bandeiras dos EUA

Paul Krugman: Delírios de grandeza (de Trump) vão por água abaixo

Pesquisa AtlasIntel: Crise com Trump impulsiona Lula e desidrata Bolsonaro

Torcida brasileira pode ficar fora da Copa de 2026 nos EUA

Exclusivo: placas de aço produzidas no Pecém fora da lista de exceções de Trump

Reagan vs. Trump: Quando a direita acreditava no mercado, não na ameaça

Levitsky: Trump usa tarifas como arma pessoal e ameaça global à democracia

GLP-1 no Brasil: promessa de milagre, preço de privilégio

O Pix da histeria à omissão: por que a direita gritou contra o governo e calou diante dos EUA

Ciro Gomes caminha para filiação ao PSDB após almoço com cúpula tucana, em Brasília

AtlasIntel: 62% dizem que tarifa de Trump contra o Brasil é injustificada; 41% veem punição por Brics

MAIS LIDAS DO DIA

O mal respira pela última vez; Por Walter Pinto Filho

“Terrorista morre em confronto com forças de segurança”; Por João de Paula

Consumo de energia elétrica cresce 1,7% em junho de 2025

Eletrobras lucra R$ 1,4 bi no 2º trimestre e distribuirá R$ 4 bi extras em dividendos

Comércio cearense movimenta R$ 154,8 bilhões em 2023 e emprega 287 mil pessoas

Moraes autoriza visitas a Bolsonaro em prisão domiciliar; governador Tarcísio será o primeiro

CNJ cria sistema para bloquear criptomoedas de devedores

Agosto lilás e o papel estratégico das empresas na proteção de colaboradoras em situação de violência; Por Érica Martins

TST culpa escola por depressão de professor acusado por pai de aluno