R$ 6 bilhões bloqueados: CV e PCC juntos em banco digital e empresas de fachada

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📌 O que houve
A Polícia Civil do Rio deflagrou nesta quinta-feira (10) a maior operação patrimonial de sua história, bloqueando cerca de R$ 6 bilhões movimentados em um ano por integrantes do Comando Vermelho (CV). A investigação tem apoio da Polícia Civil de São Paulo e mira o núcleo financeiro da facção, segundo revelou apuração do O Globo.

📌 O alvo
O esquema envolvia uma aliança com o Primeiro Comando da Capital (PCC) e a criação do 4TBank, um banco digital operado sem autorização do Banco Central. A fintech, segundo os investigadores, era usada para lavar dinheiro do tráfico com o uso de intermediadores de pagamento, empresas de fachada e plataformas contábeis.

📌 Como funcionava
De acordo com o delegado Jefferson Ferreira, da Delegacia de Roubos e Furtos (DRF), integrantes da facção faziam depósitos semanais entre R$ 150 mil e R$ 750 mil — em notas de R$ 5, R$ 10 e R$ 20 — em agências da Zona Sul e Oeste do Rio. O dinheiro era transferido para o exterior, retornava como lucro e era reinvestido nas disputas territoriais entre facções.

📌 O destino do dinheiro
Parte dos recursos foi rastreada até a empresa de fachada “Ónix Perfumeria”, em São Paulo, que recebeu R$ 200 milhões em depósitos, embora não existisse de fato. A suposta dona está inscrita em programas de auxílio emergencial e movimentou sozinha R$ 100 milhões em três meses, segundo a reportagem do O Globo.

📌 Onde aconteceu
A investigação localizou os depósitos em bairros como Barra da Tijuca, Recreio, Jacarepaguá, Vargem Grande e Vargem Pequena, e também em cidades paulistas. A operação, batizada de Contenção, cumpriu 46 mandados de busca e apreensão.


Vá mais fundo

🔎 Parceria estratégica – A aliança entre CV e PCC é considerada “estratégica e logística”, segundo o secretário de Polícia Civil do Rio, Felipe Curi — sem intenção de invasão territorial.
💻 Sócios ocultos – O banco digital tinha como sócia uma jovem de 24 anos; o padrasto dela, cunhado de um chefão do PCC, atuava como sócio oculto.
📉 Alerta do Coaf – O relatório do Coaf também identificou a movimentação bilionária e a conexão com contas em países de fronteira, fornecedores de armas e drogas.
⚖️ Divisão do montante – Ainda não foi possível determinar quanto dos R$ 6 bilhões pertence a cada facção — a análise de dados bancários e fiscais está em andamento.
🚓 Força-tarefa – A ação envolveu equipes da DRF, Core, DGPE, DGCOR-LD e da Polícia Civil de São Paulo.

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