O fato: A percepção de que a economia brasileira piorou nos últimos 12 meses aumentou significativamente, segundo pesquisa realizada pela Genial/Quaest em setembro de 2024. Dos 2 mil entrevistados, 41% afirmam que a economia se deteriorou, uma alta em relação aos 36% registrados em julho. Apesar disso, a avaliação de melhora também cresceu, passando de 28% para 33%.
O contexto: A pesquisa reflete uma crescente preocupação da população com o cenário econômico do país, especialmente em relação aos preços de combustíveis, que, segundo o levantamento, tiveram uma percepção de alta de 44% em julho para 59% em setembro. As contas de água e luz também subiram na percepção dos brasileiros, com o percentual de aumento indo de 61% para 64%. No entanto, a percepção de queda nos preços dos alimentos se manteve, sendo relatada por 65% dos entrevistados, uma ligeira redução em comparação aos 70% do levantamento anterior.
Essa percepção de piora contrasta com os dados do Índice de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA-15), que mostrou uma desaceleração na inflação em setembro, registrando alta de 0,13%, frente ao aumento de 0,19% observado em agosto. No acumulado de 12 meses, o índice está em 4,12%.
Avaliação do governo: O estudo também revelou uma queda na avaliação positiva do governo de Luiz Inácio Lula da Silva, que caiu de 36% em julho para 32% em setembro. Ao mesmo tempo, as avaliações regular e negativa do governo subiram, atingindo 33% e 31%, respectivamente. A comparação com o governo de Jair Bolsonaro também foi alvo da pesquisa, com 38% dos entrevistados considerando a atual gestão melhor do que a anterior, uma queda de 13 pontos percentuais em relação ao levantamento anterior.
Metodologia: A pesquisa da Genial/Quaest foi realizada entre os dias 25 e 29 de setembro de 2024, com 2 mil brasileiros, maiores de 16 anos, entrevistados presencialmente. A margem de erro é de dois pontos percentuais para mais ou para menos, com um nível de confiança de 95%.