Por que importa
Após mais de um ano de negociações entre governo, Corpo de Bombeiros e montadoras, São Paulo chegou a um consenso inédito: prédios residenciais e comerciais que queiram oferecer pontos de recarga para carro elétrico terão de seguir novas regras de segurança — exigindo chuveiros automáticos (sprinklers), sistema de detecção de fumaça e exaustão de gases nas garagens.
A expectativa é que a norma paulista vire referência nacional, segundo a Ligabom, que reúne os Corpos de Bombeiros Militares do Brasil.
O que muda na prática
🏢 Prédios novos: exigência obrigatória de sprinkler, sensores de calor e fumaça, e ventilação forçada.
🏚️ Prédios antigos: pacote de adequações específicas, sem baias corta-fogo ou espaçamentos impraticáveis — esses pontos foram descartados após críticas da construção civil e montadoras.
🚒 Poder de veto: o Corpo de Bombeiros poderá barrar pontos de recarga em locais que não atendam os requisitos mínimos.
Por que a regra surgiu
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Incêndio difícil de conter: baterias de íon-lítio podem gerar chamas intensas em subsolos.
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Simulações reais: ensaios feitos no Brasil, EUA, China e Alemanha embasaram as exigências.
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Teste em garagem-laboratório: inaugurada em Franco da Rocha (SP) em junho; investimento de R$ 500 mil para testar carros incendiados com monitoramento de calor e gases.
E agora?
✅ Norma deve ser publicada ainda em julho, com evento ao lado do governador Tarcísio de Freitas (Republicanos).
✅ ABVE e setor da construção esperam padronização nacional para dar segurança jurídica à expansão de veículos elétricos em condomínios.
✅ Montadoras como BYD já exibem baterias mais resistentes para diminuir riscos e destravar o mercado.
Vale lembrar: quem mora ou trabalha em prédios residenciais ou comerciais vai precisar se preparar — ou não poderá ter carregador na garagem.