Brasil bate recorde histórico no turismo internacional, mas ainda está longe do México

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Belezas naturais aliadas a serviço atraem turistas estrangeiros. Na imagem, um brinquedo do Beach Park, no Ceará, com praia ao fundo.

Por que importa

O Brasil ultrapassou 5,3 milhões de turistas estrangeiros no primeiro semestre de 2025 — alta de 48% em relação a 2024 — e já ameaça superar em dois anos metas que só seriam atingidas em 2027. O salto reacende o otimismo para o setor, um dos motores de emprego, câmbio e imagem do país lá fora.


O que dizem os números

📊 5.332.111 visitantes internacionais entre janeiro e junho.
📈 Junho teve 444 mil chegadas, alta de 33,8% sobre 2024.
🎯 O país já alcançou 77% da meta anual de 6,9 milhões de turistas — e pode encostar nos 8,1 milhões previstos só para 2027.


Quem está vindo

🇦🇷 Argentina lidera isolada com 2,3 milhões de turistas — mais de 40% do total.
🇨🇱 Chile é vice com 442,9 mil, seguido dos 🇺🇸 EUA com 410,1 mil.
💡 Destaque: o câmbio favorável e a reabertura de rotas aéreas ajudam a segurar os vizinhos como principal público.


O que diz o governo

Para o presidente da Embratur, Marcelo Freixo, o ritmo comprova a retomada.
Já o ministro Celso Sabino fala em 10 milhões de estrangeiros por ano a partir de 2027. Lula foi além: disse que o Brasil pode bater esse patamar ainda este ano — meta considerada otimista, mas que ganha fôlego com o dólar atrativo e grandes eventos.


E na comparação com vizinhos?

📍 México ainda lidera a América Latina, com cerca de 20 milhões de turistas por semestre, puxado por Cancún e Riviera Maya.
📍 Argentina historicamente disputa o segundo posto, mas ainda sofre com a crise econômica e câmbio instável.
📍 Chile, Colômbia e Peru mantêm fluxo constante, mas perdem para o Brasil em destinos de sol e natureza em alta.

➡️ A diferença: o Brasil, com turismo mais disperso geograficamente, ainda é subaproveitado. Se mantiver crescimento acima de 40% ao ano, pode reduzir o abismo com o México em menos de uma década.


Desafio real

Imagem forte: praias, Amazônia e Pantanal voltam ao radar.
Câmbio e conectividade: dólar ajuda, mas falta voo direto de médio alcance.
Burocracia: vistos, infraestrutura precária e segurança ainda travam o potencial.


Na prática

🔍 Recorde mostra poder de recuperação — mas expõe a dependência do fluxo argentino.
🔍 Crescimento acelerado joga pressão para resolver gargalos.
🔍 Se fizer o dever de casa, o Brasil vira potência turística da América Latina, e não só promessa.


Fonte: Embratur, Polícia Federal, Plano Nacional de Turismo 2024-2027

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